Na quarta-feira passada, (08/07), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a proposta da vereadora Monica Benicio (PSOL) para o tombamento, por interesse histórico e cultural, do restaurante La Fiorentina, no Leme. E nesta quarta-feira, (13/07), o Prefeito Eduardo Paes assinou, oficialmente, o decreto de tombamento.
O decreto leva em consideração a importância histórica e cultural do tradicional restaurante, inaugurado em 1957, e tradicional reduto da boemia cultural do Rio. O Projeto de Lei foi aprovado em sua integralidade, o que inclui a preservação da fachada, paredes e colunas com assinaturas de artistas nacionais e internacionais.
A iniciativa leva em conta ainda que o La Fiorentina compõe o skyline da orla de Copacabana, elemento integrante do Sítio Paisagens Cariocas – Patrimônio Mundial reconhecido pela Unesco. E que o restaurante é um dos responsáveis pela conservação e preservação, no trecho fronteiro ao imóvel, do paisagismo de Roberto Burle Marx do Calçadão de Copacabana, o maior mosaico em pedras portuguesas do mundo, Bem Tombado Municipal.
Quaisquer intervenções físicas a serem realizadas no referido bem tombado deverão ser previamente aprovadas pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, conforme determina o Plano Diretor em vigor. Nada impede, segundo especialistas, que o imóvel (loja) onde funciona o restaurante seja vendido, ou leiloado. É sabido que a loja onde funciona o restaurante é garantia de uma dívida não-paga junto a um Banco, que vem promovendo leilões sem grande sucesso. Segundo corretores, o imóvel não valeria o preço pedido nos leilões, além de ter relevantes dívidas de condomínio e IPTU. À época do último leilão, o imóvel devia 10 anos de IPTU e seis de condomínio.
O La Fiorentina foi fundado, em 1957, e suas paredes contam com mais de 3 mil assinaturas e fotografias de celebridades, como Pelé, Zico, Nara Leão e Ricardo Boechat. O local também foi um importante centro de divulgação cultural, tendo realizado peças de teatro, shows e outros eventos sociais relevantes.
E assim, com a ajuda do poder público, o credor vai ter mais dificuldade de reaver as dívidas não honradas – aumentando o risco percebido e assim a taxa de juros dos empréstimos para a coletividade. Depois reclamam do banco malvadão, que só pensa em lucro. Parabéns aos envolvidos!