Pouca oferta, muita procura, gastronomia pujante e um cenário que é uma beleza, quem não gostaria de morar no Leblon? Trata-se do bairro que tem até a casa mais cara do Brasil, que nem com o prêmio da Mega Sena se consegue comprar. Sem falar no condomínio Jardim Pernambuco, onde fica a mansão: uma pequena casa não sai por menos de 20 milhões, segundo corretores. Apesar de uma ou outra pesquisa falarem que Leblon e Ipanema teriam perdido o lugar, de acordo com dados do Índice FipeZAP, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que monitora os preços de imóveis residenciais em 50 cidades do país, o bairro segue tendo o metro quadrado mais caro do Brasil, seguido de pertinho por Ipanema. Em 2021, o bairro Cidade Jardim, em São Paulo, ficou na frente, mas a alegria (ou tristeza?) dos paulistanos durou pouco.
Em média, o metro quadrado no Leblon sai por R$ 22.544. De acordo com o índice, os preços avançaram 2,4% nos últimos 12 meses no bairro. Em segundo lugar, aparece Ipanema, cujo metro quadrado custa hoje R$ 21.348. Então aparece o bairro de Itaim Bibi, em São Paulo, R$ 17.118 o metro quadrado. E novamente um bairro carioca no Top 5, a Lagoa, R$ 16.351 /m². Para fechar a lista, Pinheiros está R$ 16.308 /m².
Segundo o levantamento da Fipe, os imóveis residenciais fecharam 2023 registrando um aumento acumulado de preço de 5,13%. Apesar de ter o bairro com o metro quadrado mais caro do Brasil, o Rio foi a capital com a menor taxa de variação no ano passado (alta de 1,42%). Mas no Leblon os preços avançaram 2,4% nos últimos 12 meses. Maceió, em Alagoas, foi a capital que teve a maior alta de preços de imóveis residenciais no ano passado (16%). O bairro mais caro da cidade é Pajuçara (R$ 9.617/m²).
O resultado da Fipe corrobora uma pesquisa recente do SECOVI, sindicato das empresas ligadas ao mercado da construção e imóveis, na qual também o Leblon segue tendo hoje o m² mais caro da cidade – e um dos mais caros do país: R$ 22.862. Em seguida, bastante próximo, aparece Ipanema (R$ 21.126) e Lagoa (16.218). Porém, Ipanema estaria, segundo o sindicato, tirando, ano a ano, a diferença em relação ao Leblon, com um crescimento dos valores da ordem de 3,2%, enquanto o Leblon teve um incremento menor, de 2,4%. “Vale notar que Ipanema tem recebido mais e mais lançamentos imobiliários, sendo vendidos por valores bastante importantes de metro quadrado, coisa que não ocorre no Leblon; os incentivos do programa Reviver Centro têm gerado contrapartidas aplicáveis em Ipanema, mas não no Leblon; assim, tendo mais lançamentos, e com os lançamentos sendo muito mais caros que os imóveis de revenda, a contribuição da Prefeitura para que Ipanema se torne mais e mais cara que o seu vizinho é uma realidade”, explica Lucy Dobbin, Superintendente de Vendas da Sergio Castro Imóveis, que acaba de lançar sua divisão de imóveis de alto padrão, a Sergio Castro Ouro, dirigida pelo executivo Paulo Cezar Ximenes.
Segundo a Fipe, este é Top 10 dos bairros mais caros do Rio de Janeiro:
- Leblon: R$ 22.544 /m²
- Ipanema: R$ 21.348 /m²
- Lagoa: R$ 16.351 /m²
- Barra da Tijuca: R$ 12.559 /m²
- Botafogo: R$ 12.398 /m²
- Copacabana: R$ 11.455 /m²
- Flamengo: R$ 11.064 /m²
- Laranjeiras: R$ 10.138 /m²
- Recreio dos Bandeirantes: R$ 7.432 /m²
- Tijuca: R$ 6.821 /m²