Nesta quinta-feira (04/02/2021) às 16h30h, será realizada reunião virtual (aplicativo Zoom) coordenada pelo Conselheiro-Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Dr. Rodrigo Melo do Nascimento, para tratar da liberação do edital de licitação para ampliação do transporte aquaviário na Baía de Guanabara que foi embargado em 2018 pelo TCE-RJ por apresentar fortes indícios de irregularidades. Participarão da reunião a Reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho e o coordenador do Movimento Baía Viva Sérgio Ricardo; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Luiz Cosenza; e representante do Fórum de Mobilidade Urbana-RJ coletivo vinculado ao Clube de Engenharia.
A pauta principal deste encontro será a Viabilidade técnica e socioeconômica da implantação de Estação de Barcas na Ilha do Fundão que é uma antiga reivindicação da comunidade universitária da UFRJ e da população da XX Região administrativa (AP 3) que abrange o território das ilhas do Fundão e do Governador que tem população estimada em mais de 212 mil habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010). Esta linha aquaviária também beneficiará os moradores do Complexo da Maré e de bairros das zonas Norte e da Leopoldina.
O Plano Hidroviário da Baía de Guanabara foi aprovado em 1984, durante o primeiro governo Leonel Brizola, mas não saiu do papel apesar de à época (37 anos atrás), estudos técnicos já previam os benefícios da ampliação deste modal de transportes: no entanto, as estações de barcas de São Gonçalo e Magé nunca foram construídas. Daquele Plano, apenas a estação de barcas do Cocotá, Ilha do Governador, foi construída graças a uma mobilização popular durante mais de 20 anos do povo insulano.
Desde os anos 1990, na carta de fundação do Movimento Baía Viva, já constava a reivindicação da implantação de uma estação de barca na Ilha do Fundão para beneficiar a comunidade universitária da UFRJ e da Ilha do Governador, sendo que ambas as ilhas estão situadas na XX Região Administrativa (RA) do município do Rio de Janeiro.
Esta estação de barcas no Fundão, através da integração dos diversos modais de transporte poderá também atender aos moradores de bairros vizinhos como os do Complexo da Maré e de outros bairros da Zona Norte carioca.
O próprio Plano Diretor UFRJ 2020, aprovado pelo Conselho Universitário em 5 de novembro de 2009, já indicava a importância estratégica da instalação do transporte aquaviário na Ilha do Fundão para servir a comunidade universitária e a população do seu entorno.
“A proposta de construção de um terminal de barcas na Ilha do Fundão apresenta grande viabilidade técnica e tem reconhecida relevância social, mas em função do lobby da máfia dos transportes ainda não se constituiu como política pública plena, apesar de estar prevista no Plano Hidroviário do Estado do Rio de Janeiro desde 1984. Hoje, 37 anos depois da vigência deste Plano, o transporte hidroviário na Baía de Guanabara segue subutilizado e as poucas linhas existentes funcionam de forma precária e insuficientes. Enquanto a população sofre com a (i)mobilidade urbana provocada pelos congestionamentos diários no trânsito que provocam um prejuízo econômico (ou “produção sacrificada”) estimado em R$ 29 bilhões, segundo o “Mapa do Desenvolvimento” (FIRJAN, 2016)”, enfatiza Sérgio Ricardo que é morador da Ilha do Governador e co-fundador do Baía Viva.
Estudos da FIRJAN de 2055 e 2017 também apontam a viabilidade da implantação de 14 novas ligações hidroviárias na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo que as linhas sugeridas têm potencial para retirar mais de 100 mil veículos das ruas, reduzindo a extensão e os custos dos congestionamentos e da poluição atmosférica. Em Junho de 2018 foi publicado pela Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro o Escopo final do Edital de Licitação da Concessão dos Serviços de Transporte Aquaviário de Passageiros no Estado do Rio de Janeiro que não incluiu a linha de barcas para a Ilha do Fundão.
Infelizmente, todas os Projetos inteligentes e relevantes para o Estado do Rio de Janeiro são colocados em segundo Plano ou são paralisados pela corrupção. Projetos que começam com um valor, termina com 10 vezes mais esse valor.
O Estado do Rio de Janeiro já recebeu um caminhão de recursos para infraestrutura, sobretudo durante o Governo Cabral, no Estado e Governo Eduardo Paes no Município do Rio, porém não tiveram a competência de tocar esse Projeto tão importante para o Estado e o Município do Rio de Janeiro.
Pra mim é incompetência associada à corrupção.
E ela se paga? Com Estado quebrado as soluções de transporte têm de se sustentar por si sós. A CCR Barcas vive nos prejuízos e já pediu pra devolver a concessão desde 2016.
Quinto mundo tem que andar de BUZUM lotadão !!..transporte marítimo, fluvial e ferroviário é coisa de país desenvolvido!!
Vai ficar no sonho!!.. Ou alguém acha que o Jacob Barata vai deixar ?…