Light terá até 1.400 equipes disponíveis para situações emergenciais durante o verão no RJ

Empresa é responsável pela geração e distribuição de energia elétrica em 31 municípios em todo o estado

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Foto: Paula Kossatz/Divulgação

A Light, empresa responsável pela geração e distribuição de energia elétrica em 31 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital fluminense, está estruturando um plano de ação para o próximo verão, que começa no dia 22/12 e termina em 20 de março de 2024.

Durante o período, de provável calor intenso, a empresa poderá mobilizar até 1.400 equipes para situações emergenciais, mantendo o atendimento 24 horas em todos os dias da semana.

”Em dias de muitas ocorrências, a empresa mobiliza técnicos e eletricistas que atuam em diferentes atividades, como manutenção, corte e religação de energia para compor equipes extras para atendimento emergencial mais ágil”, explica Rodrigo Brandão, diretor-presidente da Light.

Além das dificuldades causadas por chuvas, ventanias e temperaturas elevadas, a Light vive uma das situações mais peculiares dentre todas as distribuidoras brasileiras: o furto de energia, um dos principais causadores de falta de luz.

Isso porque os transformadores são configurados e instalados para atender o número de clientes que a concessionária tem sob seu cadastro. Mas, em muitos lugares, o volume de ligações clandestinas é até 5 vezes superior à demanda nominal do transformador, o que sobrecarrega e danifica o equipamento.

De acordo com a Light, em setembro de 2023, foram registradas perdas com o furto de 62,29% de toda a energia que distribui às residências e comércios.

”O comportamento de consumo de energia de uma casa em que a ligação é regular e outra com ‘gato’ é diferente. Na primeira, os moradores tentam economizar energia para evitar um aumento expressivo na conta de luz. Muitas famílias só ligam o ar durante a noite e todos dormem no mesmo quarto para reduzir o consumo. Onde a ligação é clandestina não há essa preocupação. É possível ver casas com aparelhos ligados o dia inteiro, mesmo quando não há ninguém, de forma perdulária”, destaca Rodrigo.

Os locais com mais casos de furtos de energia estão na nas zonas Norte e Sul do Rio, mais precisamente nas comunidades da Rocinha e Vidigal, e na Baixada Fluminense.

Na Rocinha, por exemplo, 84% da energia que a Light distribui é consumida por ligações clandestinas. O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontou que a Rocinha tem, aproximadamente, 70 mil moradores, com uma média de 3 pessoas por residência. A estimativa da companhia é que apenas 4% do total de moradores são regulares, isto é, cadastrados, faturados e em dia com o pagamento das contas.

”Apesar do furto de energia ser um crime previsto no artigo 155 do Código Penal, esse é um desafio que só será resolvido com políticas públicas, que precisam ser aprimoradas. As pessoas de baixa renda e a empresa são constantemente prejudicados e não têm os meios para sair dessa situação sozinhos. O Governo Federal precisa rever as regras da Tarifa Social, que hoje estabelece um limite de consumo que não contempla sequer um aparelho de ar-condicionado”, finaliza Brandão.

Vale ressaltar que, apesar de todos esses desafios, a Light vem conseguindo, anualmente, manter-se numa posição de destaque no ranking de qualidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reguladora do setor. A concessionária do RJ tem o 2º melhor índice que mede a frequência de interrupção de energia (FEC) e o 4º principal em relação à duração de interrupção (DEC), entre todas as distribuidoras de grande porte do Brasil (mais de 1 milhão de clientes).

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