Macrodrenagem urbana

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Após uma publicação no Diário do Rio de Janeiro, falando sobre o plano de construir um reservatório de águas pluviais sob o campo do Caio Martins, houve grande repercussão na imprensa de Niterói, o que podemos considerar como positivo, pois a opinião pública tem sido levada a se inteirar melhor sobre as possibilidades de intervenções para mitigação das inundações na cidade ou debater alternativas.

    Como qualquer outro grande projeto, vozes contra e a favor surgem. Muito natural, ainda mais quando se trata de um tema pouco discutido na cidade e por isso desconhecido para muitos.

    Considerando uma área de 20.000 metros quadrados, que nos permitiria intervir na superfície sem que fosse afetado nenhum elemento construído do complexo esportivo do Caio Martins, seria possível realizar o armazenamento de 180.000 m³ de água de chuva, o que equivale a 180 milhões de litros, considerando uma profundidade de nove metros.

    Em uma publicação da revista Infraestrutura Urbana, edição 4, de junho de 2011, o engenheiro Plínio Tomaz, consultor em saneamento, cita que o metro cúbico do piscinão aberto gira em torno de US$ 34 enquanto que o metro cúbico do piscinão fechado US$ 100, este último, a hipótese cogitada para Icaraí, em Niterói. Baseando-se num reservatório de 180.000 m³, o custo estimado para implantação deste plano seria de 18 milhões de dólares, aproximadamente.

    No Rio de Janeiro, recentemente o prefeito Eduardo Paes inaugurou na região da Grande Tijuca este tipo de infraestrutura para controle das inundações, no entanto, os piscinões tiveram uma redução de 42,3% na sua capacidade inicialmente anunciada. Foram previstos quatro reservatórios na região, mas foram entregues três. A redução na capacidade de armazenamento foi de 281 milhões de litros para 119 milhões. Essa redução talvez tenha sido percebida na chuva ocorrida na noite de sábado, 12, com vários pontos de alagamento nas áreas de influência dos reservatórios.

    Há críticas pela opção de piscinões, no entanto, é uma infraestrutura utilizada em várias cidades do Mundo. Talvez, em alguns países, como no Brasil, não haja a mesma eficiência por equívocos de projeto e pela baixa manutenção.

    Piscinões são adotados em vários países desenvolvidos. O Japão é um exemplo.

    Na cidade de São Paulo são vinte desses reservatórios que já armazenam 5 milhões de m³ de água de chuva: Anhanguera – 100.000 m³, Pacaembu – 74.000 m³, Jabaquara – 360.000 m³, Pedras – 25.000 m³, Bananal – 210.000 m³, Guaraú – 240.000 m³, Rincão – 304.000 m³, Limoeiro – 300.000m³, Aricanduva I – 200.000 m³, Aricanduva II – 150.000 m³, Aricanduva III – 320.000 m³, Aricanduva V – 167.000m³, Caguaçu – 310.000 m³, Inhumas – 100.000 m³, Cedrolândia – 113.000 m³, Jardim Maria Sampaio – 120.000 m³, Sharp – 500.000 m³, Pedreira – 1.500.000 m³, Oratório – 280.000 m³ e Pantanal – 15.000 m³.

    Além da manutenção periódica dos sistemas de drenagem urbana, outras intervenções ambientais como o reflorestamento e criação de parques, que ampliam as áreas permeáveis da cidade serão necessárias. Olhando Niterói, nas imediações do Pé Pequeno, Cubango, Santa Rosa, Vital Brazil e Icaraí há uma visível ausência de vegetação nas encostas, o que aumenta o assoreamento dos cursos d’água existentes, para a precariedade das redes de captação de água.

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