Mãe perde a guarda da filha de 14 anos após levá-la para participar de um ritual de umbanda

A decisão da Justiça de afastar a mãe e recolher a adolescente em um abrigo municipal foi baseada no argumento do Ministério Público

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Foto meramente ilustrativa de um ritual de Umbanda envolvendo adolescentes

O relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Átila Nunes ( PSD) vai oficiar o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para acompanhar e intervir, se necessário, no caso da mãe que perdeu a guarda da filha de 14 anos após levá-la para participar de um ritual de umbanda, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A decisão da Justiça de Minas Gerais de afastar a mãe e recolher a adolescente em um abrigo municipal foi baseada no argumento do Ministério Público de que a mãe violou o direito da filha à liberdade religiosa e concordou com supostas práticas de lesões corporais na menina.

Para Átila Nunes, o caso mostra claramente que houve preconceito religioso, pois a decisão ignora a inexistência de laudos que comprovem com as lesões alegadas e está em desacordo com as leis brasileiras que asseguram aos pais o direito de definir a educação religiosa dos filhos menores.

Não há menor possibilidade de afastar um filho da mãe se ela fosse católica ou evangélica. A Constituição garante o livre exercício da fé, mas sabemos que o desconhecimento e a demonização histórica de religiões de matriz afro-brasileira levam à decisões equivocadas como essa”, sustenta o relator da CPI.

O caso tem sido acompanhado também por entidades que atuam no combate ao preconceito religioso e racial.

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10 COMENTÁRIOS

  1. Inexistência de laudo significa que a jovem não foi levada a corpo de delito…o que deveria ter sido feito. E como não tenho religião, não concordo com nenhuma que agrida fisicamente uma menor que não queria ir ao tal culto. A menor NAO QUERIA IR…
    Na idade dela ela já pode sim escolher o que quer e no caso ela queria ir ao culto evangélico ( li isso em outro lugar).

    Queria muito que os jovens e crianças desse pais fossem bem tratados..pra que tivéssemos um futuro…

  2. Você está certo. Foi uma agressão da mãe, muito comum em famílias de tradição do candomble e umbanda. Fazem feitura à força. Acho doentio. Mas vai contra a “narrativa” de que aa religiões africanas são sempre paz e amor e os cristãos são malvadões. Há casos e casos. Infelizmente a menina teve a vida destruída.

  3. Tendenciosa a matéria. A realidade : A menina frequentava a Igreja evangélica. A mãe proibiu. A menina pediu para voltar à ir e a mãe fez a feitura à força. Prática MUITO COMUM em famílias do candomble e umbanda. Porque alguns pais oferecem ainda bebês ao santo. Uma agressão fascista e barbara. Agiu de acordo com o resguardo do menor o MP. Infelizmente a menina já teve a vida destruída.

  4. Não sei se foi esse o caso que a mãe foi denunciada pela avó da criança, que é evangélica e que não se dá com a mãe da jovem por conta da religião (evangélicos tem forte intolerância).
    Se isso, tem que ver se o Tribunal ignorou o desejo da própria jovem – que não é criança, e sim adolescente, segundo o ECA, maior de 12 anos…

  5. Qual o problema de na religião umbanda haver ritos e práticas entre as quais alguma que produzam algum ferimento???
    Lembro que na religião judaica (se prática) e mesmo cristã (mais antigamente) há a circuncisão.

    As religiões neopentecostais e determinadas doutrinas conservadoras católicas muitas delas não praticam lesões mas promovem verdadeiras lavagem e cerebral e da personalidade desde cedo.

    Tive estagiários verdadeiros racistas embora negros mas que tudo que se ouvia algo como música como de Clara Nunes ou Zeca Pagodinho que citam orixás, ou se fala de Terreirão (do samba) tachavam como coisa do diabo.

  6. Calma ae… deixa eu entender… estão falando de preconceito religioso e esquecendo das lesões?!? Sério isso?!? Nao posso educar meu filho em casa (homeschooling), mas posso obrigar a seguir minha religião, mesmo que agrida ele?!? Kkkkkkkkk matéria esdrúxula…

    • Esdrúxulo é não ter lido que o artigo aponta “inexistência de laudos sobre as alegadas lesões” e apoiar que o Estado determine como você deve educar seus filhos sobre seus valores, suas crenças.

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