No mês de março o Diário do Rio produziu uma matéria sobre quatro lojas famosas no Rio de Janeiro que fecharam, entre elas estavam: Mesbla, a francesinha que fazia sucesso entre os cariocas; Arapuã, uma loja de tecido que cresceu e chegou a se tornar uma das maiores concorrentes das Casas Bahia em 1957; Casa Sloper, considerado um ponto tradicional da sociedade na época e o Supermercados Peg Pag, uma inovação no varejo brasileiro.
Nos comentários da matéria haviam inúmeras sugestões sobre outras lojas e o Diário do Rio irá falar sobre mais quatro lojas, que hoje em dia não existem mais, porém estão na memória do carioca.
Casa Tavares (1938 – 1990)
A Casa Tavares foi uma revolução na indústria de roupas já feitas, sendo uma das pioneiras no negócio. A loja do Rio foi uma das primeiras firmas que acabou industrializando o mercado de roupas em que anteriormente predominavam as alfaiatarias.
A Organização Casa Tavares surgiu em 1938, com um capital de 300 contos de réis e com sede na Rua São José, no Centro do Rio de Janeiro. Logo se expandiu para outros bairros, como as ruas da Quitanda e Senador Dantas, Avenida Copacabana e Rua Dias da Cruz, no Meier.
Em 1985, a rede de Lojas Casa Tavares queria expandir seus negócios e fundou uma subsidiaria como opção de ‘sportswear’ – roupas mais informais – e assim nasceu a TACO, que está no mercado até os dias atuais. Mas em 1990, a Organização Tavares encerrou suas operações.
Sears (1949 – 1980)
Sears chegou no Brasil em 1949, já sendo considerada uma promessa nas lojas de departamento. Moda feminina, eletrodomésticos, móveis e outros produtos para casa, um pouco de cada coisa era comercializada pela empresa.
No Rio de Janeiro, a loja se fez presente em Botafogo, trazendo um estilo diferente, americanizado, na hora de comprar, oferecendo um volume impressionante de produtos, que iam de perfumaria a itens automotivos, passando por apetrechos esportivos, utilidades domésticas e vestuário. Atualmente, o local é ocupado pelo Botafogo Praia Shopping.
Seu slogan impactante ainda é lembrado e até utilizado por muitas lojas, “Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta”.
A Sears trouxe revolução nas propagandas e no investimento para chamar atenção dos clientes. Desfiles eram organizados nas lojas para a promoção de novas coleções e, durante o mês de outubro, as lojas promoviam o Mês da Beleza, com liquidação de produtos de maquiagem e consultoria de estilo.
No auge do seu sucesso, em 1980, a Sears começou a ter problemas em sua filial de origem, nos Estados Unidos, e a cadeia de lojas da América Latina foi vendida. Em 1983, o Grupo Susa adquiriu o controle acionário das 11 lojas da Sears no Brasil, num negócio calculado em cerca de U$ 60 milhões. O que salvou a Sears dos Estados Unidos, mas afundou de vez a brasileira.
Casa Garson (1920 – 1995)
A Casa Garson foi uma das pioneiras no varejo em todo o país, com 45 lojas espalhadas pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, contava com uma equipe de 2.500 colaboradores treinados e motivados que fizeram da Casa Garson referência no mercado. Sua criação gira em torno de década de 20.
Mesmo sendo um modelo do varejo brasileiro, a empresa também passou por dívidas e se viu obrigada a fechar as portas. Em 1995 foi adquirida pelas Casas Bahia e pelo acordo, a Casas Bahia incorporou a Garson ao assumir a dívida de US$ 48 milhões da rede de lojas carioca com fornecedores.
A negociação envolveu transferência de dívidas, “a família Garson não receberá um tostão pela venda das suas 36 lojas espalhadas pelo Grande Rio de Janeiro”, afirmou Samuel Klein, proprietário da Casas Bahia na época.
Supermercados Disco (1952 – 1990)
Pioneira na implantação de redes de supermercado do Rio e no Brasil. Foi criada em 1952 e sua primeira loja foi em Copacabana, mas ampliou seu negocio para o Brasil todo, chegando a ter mais de 60 lojas pelo país.
O Disco, como era chamado popularmente, foi a maior rede de Supermercados do Rio de Janeiro até a década de 1980. Juntamente com o Supermercado Disco, a empresa também investia em outras redes, duas de suas lojas eram destaques no Rio, sendo elas: “Gigante”, localizada no Bairro de Fátima e a outra era o “Discão”, localizada na Penha, Avenida Brasil. O “Discão” era considerado uma local mais povão, já que atendia aos clientes dos subúrbios cariocas.
Em 1989 a empresa mergulhou em uma crise financeira e a morte de seu fundador foi a gota d’agua para a empresa, pois em 1990 a organização foi vendida.
Lembro do mercado Nova Olinda, queria saber o endereço onde era. O Superbox, ficava na Mariz e Barros.
Não esquecer a também famosa Casa Neno – “Que ser bem ao grande do pequeno”
Comprei vários eletrodomésticos nessa cadeia de lojas.
A matéria fala que Sears foi até 1980 mas eu lembro da loja de botafogo em 1990…
Faltou comentar das lojas seda moderna, que tinham mais de 10 lojas no Rio de Janeiro. Amava trabalhar com eles, tudo de cama e mesa .
Rei da voz com seus desfiles natalinos, é uma recordação maravilhosa, e a loja Ducal?
Que saudades!
Que delícia !
Viajando no tempo, pouca tecnologia, mas muita tranquilidade e prazer em ir às compras, trabalhei na Mesbla Niterói e Madureira Shopping por 6 anos. Saudosismo puro !
Das Casas Pernambucanas..
” Não adianta bater, que eu não deixo vc entrar..as Casas Pernambucanas é que vão aquecer o seu lar…”
Esse mundo só resistiu até a década de 90.
Lembranças quando éramos jovens, lembre-me também das lojas gambier e sapassos, ô saudade boa.
s Saudades da nossa infância quando nós éramos mais jovens que tinha também as lojas da sapassos e lojas Gambier
Nós consumidores ficamos órfãos de lojas tão boas, Ducal, lojas brasileiras, Brastel, supermercado nova Olinda, pegue pague, Brastel feijão com arroz e Bemoreira ! Saudades de um tempo sem volta!
KALLIL M GEBARA
… KALLIL M GEBARA, ninguém segura a KALLIL…
Uma pena, até hoje o Rio de Janeiro é especialista em expulsar empresas para fora do estado, anos 80 lembro de passar pela Avenida Brasil no carro do meu pai ainda garoto e ver várias empresas e grandes comércios em toda a sua extensão, lamentável, hoje só se vê favela…
É gostoso voltar ao tempo não deixe cair no esquecimento fale mais desce tempo que nunca mais voltará vamos lembrar sempre
Eu levei minha filha pra tirar fotos com a coelhinha na Sears em 1986.momento inesquecível .
Teve também o Fotomania e lojas Léo que vendiam eletro eletronicos, eu era muito criança nessa epoca mas lembro com minha mãe comprar cartuchos do Atari dentro do Polo 1 em madureira nessas lojas… nao estou certo, mas no shopping madureira quando estreou, nao tinha uma loja gigante da Sears? de um lado era a Mesbka e do outro uma Sears!?..
Isso mostra a impermanência de tudo…permanente, apenas Deus!
e um Rio de Janeiro,que já não existe mais.Que pena quem viveu essa época sente saudades.
faltou a COLEGIAL, onde se encontrava o uniforme de qualquer colegio
Faltou a ultralar .brastel.ducal.na linha de supermercado CB a famosa casas da banha
Ideal.leao.rosal.3 poderes e outros
Uma delícia de viagem no tempo@
Casa Mattos, gigante em papelaria/ livraria. Todo estudante na década de 70/80 compra a seu material escolar nessa rede.
Também no Largo da Carioca, a grande loja “A Exposição” que mais tarde lançou o Carnê da Girafa, e assim, concorria com o do “Baú da Felicidade” do Silvio Santos. Sem esquecer também da “Galeria Silvestre” chamada de galeria da luz, na rua 7 de setembro.
A reportagem esqueceu de citar o diferenciado supermercado da rede Disco, o Boulevard. O nome continua marcado no imaginário da população da grande Tijuca e adjacências. O Paes Mendonça e o Extra que viram no mesmo lugar usaram o nome Boulevard (como Extra Boulevard). A antiga fábrica de tecidos que passou a abrigar supermercados, em breve terá um Assaí no lugar. Veremos se cometerão o erro de não usar o antigo nome.
Assim como a rede de Supermercados Sendas.
Lembro que minha mãe e minha vó me levava para passear na Sears e lá tinha uma lanchonete maravilhosa .
A Station também foi uma subsidiária da Tavares, só que de roupas femininas. E tinha também Tavares na Tijuca, na rua Conde de Bonfim, próximo ao Tijuca Tênis Clube.
O Centro do Rio jamais será o mesmo. Antes tínhamos motivos para ir ao Centro da Cidade, seja pelo comércio, seja pelo emprego. O Rio está no CTI, talvez isso justifique os investimentos em Universidade de Medicina.
Quem consegue sobreviver nesse país que é mergulado na corrupção e administrado por corrupto, fica aqui minha indignação.
Casa Cruz tbm fechou as portas uma delas em Madureira onde comprava muitas coisas.
Falta algumas papelarias como casa mattos, Livrarias como a saraiva
Como não falar das Casas da Banha? Seu famoso jingle até hoje ecoa na minha cabeça… “Eu vou dançar o xaxaxa, Casas da Banha…”
E falando em jingle e supermercados, não podemos deixar de lembrar das Casas Sendas e o seu famoso “Pra nossa você é mais, você é Sendas!”..
Poderiam lembrar também da Bemoreira Ducal, Casas José Silva, Supermercados Casas da Banha, Mar e Terra e outros mais.