O Rio de Janeiro durante o mês de julho torna-se a capital mundial da Harpa com a realização do XVIII RioHarpFestival, o Festival Internacional da Harpa, com eventos e concertos de 1º a 31 de julho.
Os números são gigantescos para a realização desse super evento, que sem dúvida, se supera a cada ano e coloca definitivamente a cidade do Rio de Janeiro no calendário internacional do instrumento. Para essa versão de 2023 são esperados 30 harpistas de 22 países, cerca de 150 músicos distribuídos por várias orquestras, muitas delas com projetos de inclusão social desenvolvidos em comunidades. Estão previstos 73 concertos em 31 dias ininterruptos, todos os concertos com entrada franca, com as mais diversas formações da harpa e instrumentos similares, fazendo um verdadeiro mosaico com as diversas culturas musicais que vão da harpa tradicional mais conhecida ao koto japonês. Para se ter uma idéia da extensão do festival, são convidados instrumentistas e expoentes da África do Sul à India, Europa e Américas.
A maioria dos concertos estão programados no Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB, com a realização de 54 recitais com duas apresentações diárias, no seu teatro com capacidade para 172 pessoas. Também no roteiro estão o Arte SESC Flamengo, Centro Cultural da Justiça Federal, o Real Gabinete Português de Leitura, Biblioteca Nacional, Jockey Club, Palácio São Clemente – Consulado de Portugal, o SESC Quitandinha em Petrópolis, além de vários pontos turísticos do Rio de Janeiro como o Corcovado e o Forte de Copacabana.
Entre as estrelas de destaque, estão o alemão Markus Thalheimer, que abre a programação do festival, às 13h do dia 1º de julho, dividindo o palco do CCBB com a Camerata Uerê, do projeto com o mesmo nome, formada por crianças e adolescentes de comunidades do Rio de Janeiro que tocam instrumentos de cordas e percussão. Diferente será o encontro de harpistas europeus com a música brasileira, com a belga Heleen Vandeputte que faz arranjos para canções infantis nacionais, e faz quatro apresentações no CCBB. Também entre as atrações importantes estará o Trio Fujiyama Nippon, do Japão, representando o koto, que é a harpa horizontal japonesa. O Brasil será representado pela harpista Vanja Ferreira, que toca em diferentes formações, como o duo com Elder Teixeira e a participação com a Rio Camerata, além do Qua rteto Diamante Negro. Outras atrações esperadas mesclam harpistas estrangeiros com indígenas, gaitas de foles com cavaquinho, por exemplo. Mais surpresas ainda com a harpista Claire LeFur realizando um programa super diferente, com a imagem dela no fundo do mar das Antilhas coordenada com seu repertório de palco. Também na programação Jazz e Blues de New Orleans, através do conjunto Ecos Latinos. A programação completa está no site https://rioharpfestival.com.br.
O RioHarpFestival foi criado por Sergio da Costa e Silva, há duas décadas, é uma realização do consagrado projeto Música no Museu e aparece com o maior elenco de atrações de um Festival Internacional de Harpas,
que além do Rio de Janeiro compartilha eventos em São Paulo, como o VII SPHarpFestival (12 a 16 de julho), e p BSBHarpFestival (28 de junho a 2 de julho), e tanto em Brasília quanto em São Paulo, os concertos serão realizados nas sede locais do Centro Cultural Banco do Brasil.
O sucesso de público também chancela a importância da realização do evento no país, tendo como patrocinadores o Banco do Brasil e a Eletrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Outro dado importante é que o Projeto Música no Museu, que é Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro, realiza há 25 anos concertos gratuitos no Brasil, de Norte a Sul em museus, centros culturais, bibliotecas, palácios, igrejas e na sua versão internacional em cidades de países de todos os continentes levando a música e o músico brasileiros para o exterior. Neste período já registra um público superior a 1 milhão de pessoas e já recebeu mais de 30 premios nacionais e internacionais.
A coluna conversou com Sergio da Costa e Silva, para saber como a idéia surgiu de fazer o festival, as séries, enfim um hiper projeto que agita a cidade de janeiro a dezembro, com concertos, festivais, pequenas séries e tudo o que está dentro do universo de realização de eventos.
Como surgiu a ideia do Festival de Harpas?
Música no Museu, mudou o calendário da música clássica no Brasil, realizando concertos de norte a sul do Brasil de janeiro a dezembro. Dividido em temporadas, concertos de Verão, Outono, Inverno, Primavera e Natal. E a cada mês p rivilegia um tema ou um naipe e toda a sua programação gira em torno deste foco.
Assim pianos, sopros, voz, percussão, cordas, e, o mês de maio, mês das mães, namorados dedicado às harpas. Começamos com os harpistas brasilelros em 2001 e por três anos com o maior sucesso o que alavancou uma versão internacional, um desafio, a partir de 2005 com apenas 4 harpistas estrangeiros de 4 países e que vem crescendo ano e que nesta versão 2023 chega a mais de 35 de 22 países.
E porque agora passando de maio para julho?
Nestes 18 anos o festival nunca foi interrompido e mesmo com a pandemia tornou-se, por dois anos, virtual ao invés de presencial. E quando voltou inovou com a versão mista e que agregou um grande contingente de um público que multiplicou a sua audiência por 4 a 6 vezes. Se enquanto presencial nosso público oscilava entre 25.000 a 30.000 espectadores, todos os espaços lotados, 2 at&eacu te; 5 apresentações por dia, ao iniciar a versão mista nossa audiência chegava a 160.000 a 180.000 pessoas. Como Música no Museu, o RioHarpFestival entrava na era da informatica e aperfeiçoava seus mecanismos de divulgação e agregava a então criada Rádio Música no Museu para transmitir os seus eventos. E mudou o mês de maio para julho atendendo a pesquisa realizada entre o público frequentador.
E qual a sua maior alegria neste período?
Foram muitas desde o sucesso de critica, mídia e público crescente ano a ano, o convite para participar e fazer palestras sobre o nosso festival no importante World Harp Congress na Holanda e no Canadá, aos títulos de honra recebidos neste período- e foram muitos- além de ter inserido o Rio de Janeiro e agora o Brasil no roteiro mundial da harpa.< /span>
E agora, considerado o maior festival de harpas do mundo,o RioHarpFestival 2023 recebe, de junho a setembro, músicos de 22 países no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro e tem versões em Brasília, São Paulo e em cidades de 7 países europeus, França, Italia, Croácia, Espanha, Portugal, Bélgica e Austria.
Com entrada franca, a programação vai da harpa tradicional ao koto japonês, passando por fusões entre músicos de diferentes continentes e a Camerata Uerê, com crianças e adolescentes das comunidades cariocas, que dividem o palco com o alemão Markus Thalheimer, um dos principais expoentes contemporâneos do instrumento.
XVIII RioHarpFestival
De 01 a 31 de julho – Teatro I
apresentações diárias, de quarta a segunda.
Entrada gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes de cada espetáculo
Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do CCBB ou pelo site bb.com.br/cultura
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Contato: 21 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
Mais informações em www.bb.com.br/cultura
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Programação:
Dia 1º de julho, sábado – CCBB
· 12h30min. Camerata do Uerê part. especial Markus Thalheimer, harpa (Alemanha)
· 15h. Joost Willemze, harpa (Holanda)
Dia 2 de julho, domingo – CCBB
· 13h. Joost Willemze (Holanda)
· 15h. Markus Thalheimer, harpa (Alemanha)
Dia 3 de julho, segunda-feira – CCBB
· 12h30min. Markus Thalheimer, harpa (Alemanha)
· 15h. Edith Gasteiger, harpa (Áustria)
o som é lindo. mas deve ser um instrumento muito complexo para tocar.