Há umas 30 pessoas na frente. No carrinho de sorvete, duas meninas suam para conseguir atender a todo mundo. Durou quase uma hora a desventura das minhas filhas para adquirir um gelato. O shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, neste domingo, estava apinhado de gente. Parecia mais o Barra Shopping. Aliás, se você tentasse almoçar em qualquer lugar da capital esbarraria numa fila. O sinal é claro: assim como os cariocas e fluminenses, os brasileiros iniciam uma retomada de sua vida pessoal e econômica – e passa exatamente por aí o provável crescimento de Bolsonaro nas pesquisas.
A reviravolta na economia, que pode chegar já já lá na ponta, começa a perturbar os que achavam que o governo Bolsonaro ia sangrar até outubro. O desemprego caiu a 11,2% em fevereiro, a menor do mês desde 2016. Apesar de a inflação impactar o consumo, há reação no bolso do trabalhador.
Analistas não entendem bulhufas de pesquisas. Acham que os números são imutáveis. Creram que a crise da pandemia e as declarações desastrosas de Bolsonaro no período tivessem determinado seu fim. Mas o quadro está mudando.
Primeiro que um terceiro candidato ainda não se viabilizou, seja por inabilidade política ou erro de estratégia. Sergio Moro, totalmente perdido, e Ciro, tal qual um moderado fake, não conseguem tirar pontos nem de Bolsonaro e nem de Lula. Ambos seguiram caminhos incorretos. Tanto Moro quanto Ciro foram pra dentro de Bolsonaro e Lula ao mesmo tempo, atraindo rejeição de ambos os eleitores, em vez de escolher um só – o do seu lado ideológico.
Sem plano B, o eleitor brasileiro pode abandonar as supostas terceiras vias e voltar aos seus players principais. Assim, Bolsonaro e Lula receberiam de volta os votos perdidos numa espécie de voto útil precoce, estimulando ainda mais a polarização.
O eleitor de centro-direita toma um soco de realidade quando se depara com a classe artística do Alto Leblon aplaudindo um ex-presidiário que se diz inocente, baseado em suspensões ou cancelamentos de processos pelo STF. E retorna para o colo de Bolsonaro.
O fato é que o Brasil começa a andar. E, quando isso acontece, o candidato governista resplandece como a própria natureza. Lula está acuado. Já não tem à disposição aquele monte de estatais a jorrar dinheiro para as campanhas petistas em acordos de propina com executivos. Também não tem mais a juventude que o fez rodar o país em caravanas. Já está cansado.
Vamos esperar as próximas pesquisas. Ao que parece, Bolsonaro vai encostar em seu adversário histórico. E, graças a este adversário, Bolsonaro ainda está vivíssimo.
A não ser que se empurre um terceiro candidato ao pleito com um conceito claro, estaremos fadados a Bolsonaro versus Lula.
Nem Lula nem Bolsonaro. Terceira via ou nulo
Verdade levando em conta ainda que as pesquisas são tendenciosas Bolsonaro vai se reeleger graças a Deus.
Pode anotar aí que o presidente se reelegerá. E talvez o Lula corra da eleição prevendo derrota. O Lula é muito vaidoso pra sentir a confirmação de sua morte política pelas urnas. E é caudilho suficiente para não aceitar ser vice de alguém.
E o Alckmin, este sim, sua carreira política já morreu antes da eleição. Vai ter de trabalhar de médico em programa da tv na tarde.
Quem eu espero que acorde são as pessoas que votam no Brasil!!! Já deu de fake news, incompetência, corrupção e fascismo !!! #forabolsonaro
Lamento cada vez mais a possível consolidação dessa polarização para as Eleições Presidenciais de 2022! Esses “dois polos” políticos representam para mim a condenação da Sociedade, da Economia e da Política brasileiras a um retrocesso contínuo! Tudo isso devido à incompetência, à corrupção, à inércia e à cegueira ideológica que se aprofundam e cujo poder maléfico aflora mais e mais, e sufoca as virtudes e as esperanças dos que desejam e ainda sonham com a SALVAÇÃO do que resta de um Brasil viável!
Alguém tem coragem de votar num candidato q. disse q. a guerra no Ucrânia se resolve, numa mesa de bar, tomando cachaça?
Alguém em sã consciência vai votar num candidato q. disse q. a guerra, na Ucrânia ,teria q. ser resolvida, numa mesa de bar, tomando cachaça? Tenha santa paciência!
Alguém ainda acredita em pesquisas?!? De acordo com os mesmo órgãos de pesquisa, Bolsonaro não tinha chance de ser eleito em 2018, perdia para todos os candidatos… Witzel, tinha menos de 2% de intenções de votos e quase foi eleito em primeiro turno… pergunto novamente: Alguém ainda acredita em pesquisas?!?
Pois é. Fora que todas as pesquisas ainda usam a formação metodológica da população estratificada sobre o censo de 2010. Provavelmente os pesos estão todos furados. Deveriam fazer uma amostra aleatória pelos telefones celulares. Perde-se informação de que tipo de pessoa vota em quem, mas se teria o percentual dos candidatos de forma certa.
Outra, justamente pela agressividade recebida quando se diz que o voto é no Bolsonaro, as pessoas tendem a mentir na sua declaração. Mas, na urna, votam no Bolsonaro. E ferra a pesquisa.