Marques: Castro acerta com salários, mas comunicação segue lastimável

Para Mario Marques, o governador Claudio Castro deveria mexer em sua comunicação, que não existe do ponto de vista institucional

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Foto: Rozana Lopes/Diário do Rio

A confirmação do pagamento antecipado do salário dos servidores estaduais para esta sexta-feira (6/8) é mais um ativo eleitoral do governo Claudio Castro (PL). É matemática: a medida beneficia 456.100 pessoas, entre ativos, inativos e pensionistas, quase 3% da população fluminense. O slogan “Sem tempo a perder”, mais 2022 do que institucional, leva a sério as premissas agressivas de impactar o eleitorado.

Embora o governador tenha dito algumas vezes que trataria o estado do Rio com isonomia, pondo cidades de menor densidade populacional em pé de igualdade com grandes municípios, as benesses aos puxadores de votos são maiores.

A nona antecipação do salário dos servidores atende a um desejo antigo. Os funcionários recebiam os salários até dia 15 de cada mês, enquanto as contas chegavam 10 dias antes. Esta iniciativa específica, que antecede o Dia dos Pais, aquece a economia do estado na véspera da data festiva.

Claudio Castro luta para se tornar conhecido e ao mesmo tempo domar a fome de parceiros e aliados. Seu séquito está dividido: muitos prefeitos serão amigos de conveniência por conta das obras que virão, com a verba do loteamento da Cedae, mas deixarão a fidelidade de lado em 2022. Entre mortos e feridos, ao menos na Baixada Fluminense, no Sul-Fluminense e no Norte-Fluminense as coisas têm andado bem rápido. E as exigências e pedidos cada vez mais altos.

Com o caminho cada vez mais sedimentado rumo a uma candidatura competitiva, resta ao governador mexer na sua comunicação: do ponto de vista institucional, não existe. Gasta-se dinheiro com campanhas de publicidade milionárias e medíocres. Do ponto de vista do marketing pessoal, a cada dia piora mais: em vídeo, Castro parece estar sendo gravado pelo sobrinho legal que tem uma câmera.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Pelo jeito o comentário anterior nao compreende que servidor também paga contas e presta serviço para a sociedade. O que a reportagem diz é sobre a forma eleitoreira do atual governador em oferecer “benesses” como se fossem favores. Além do mais, se o governo do Estado ao menos negociasse as isenção de grandes dívidas de empresas minimamente as coisas funcionariam a contanto.

  2. Essas atitudes de antecipar calendário de pagamento só mostra que no Brasil o Estado é dominado pelos servidores públicos: a coletividade vive pra manter um gigantesco RH de pessoas estáveis que só buscam receber salário. Enquanto isso, a qualidade média dos serviços é VERGONHOSA.

    Existe um calendário? Cumpra-o. Agora, por o erário público à mercê da folha de pagamento… por favor! Pelo amor de Deus… o Estado precisa de gestão.

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