Conforme antecipei aqui em outubro do ano passado, apesar dos desmentidos patéticos dos veículos sugadores das verbas palacianas, André Ceciliano é candidatíssimo ao governo do estado do Rio. A divergência e suposta briga com o governador Claudio Castro são pró-forma da política. Para se viabilizar, Ceciliano tinha que imediatamente promover a ruptura. E o fez com estratégia e inteligência. Primeiro, ignorando Castro em suas redes sociais nos últimos dois meses e agora mandando o governador às favas sem dó.
Ceciliano sempre foi, na cabeça de Lula, o político com os atributos necessários à revitalização do PT no estado do Rio: líder, moderado, ponderado, articulado e conversador com todas as frentes, direita, centro e esquerda. Lula sempre sentiu enorme incômodo na associação com Marcelo Freixo, que, entre outras coisas, defende o fim da polícia militar num estado dominado por bandidos.
A candidatura de Ceciliano é um Ar-15 nas possibilidades de Freixo, Rodrigo Neves e Castro, que agora só tem uma saída: agarrar-se às pernas de Bolsonaro como se fossem as últimas em campo.
A Rodrigo Neves resta uma possível vaga como vice de Ceciliano, ou uma candidatura ao senado. A faixa centro-esquerda está tomada por uma narrativa poderosa que pretende dar ressurreição ao PT. Sem Lula, Freixo baterá com a cabeça no teto.
O fato é que Lula é Ceciliano e isso já basta. Só mentes petistas insanas poderiam fazer Castro crer que o presidente da Alerj comporia sua chapa. Isso jamais foi debatido em Brasília. A ordem sempre foi decepar Castro.
De rumores e fofoca o Palácio Guanabara sempre foi alimentado. E aqui está o falatório da semana. Já se comenta nos bastidores sobre a possível desistência de Castro, com a possível troca de desejos de Bolsonaro, que já não vê com bons olhos a candidatura do ex-vice de Witzel. Castro, então, sairia a deputado federal, único caminho que lhe restaria. Outra versão que circula, mais complicada e entrelaçada, seria a filiação de Ceciliano ao PSD, compondo com Eduardo Paes, que, guloso, quer porque quer o Guanabara dentro da Gávea Pequena.
Independentemente de para onde vá, a candidatura de Ceciliano ao governo do estado do Rio, nessa arquitetura de eliminação de adversários plantada no cérebro de Castro por assessores, vira pule de 10. O BBB de Castro, por ironia do destino, vai levá-lo, ele próprio, ao paredão na reta final.
O fato é que estamos novamente, pela segunda vez em dois anos, diante de mais uma poderosa conspiração contra um governador. Castro está frágil. Imaginava que sua passagem pelo Palácio estaria distante das traições rotineiras do poder. Aquelas que fizeram Witzel perder o mandato sem provas.
Mal viramos o ano e o governador Claudio Castro vive agora a mesma angústia de Witzel: enxerga-se num castelo de areia claramente construído para que ele role pelo abismo. O mesmo abismo, sorrateiro e perverso, que o levou a virar governador.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
Só que não mora no RJ ou bateu a cabeça no meio fio pode cogitar o fim da PMERJ. Vocês estão achando que moram na Suécia, só pode.
Desde quando o fim da Polícia Militar, pregado não só por Freixo, mas por grande parte da esquerda, bem como simpatia por algumas mentes evoluídas não declaradas de esquerda, seria o fim do combate à bandidagem hein(???)
Caso não saiba o infeliz jornalista, a Polícia Civil atua na investigação do crime praticado para reunir os elementos mínimos material e de autoria para o oferecimento da denuncia pelo Ministério Público, enquanto a Polícia Militar realiza a atividade preventiva.
Desde quando (ambas) as atividades são bem desempenhadas (???)
A que serviu até os dias de hoje esse modelo(???) Racha e estranhamento entre as polícias(???) Privilégios para alta cúpula (???)
E por falar de Polícia Preventiva, na prática, qual a complexidade do ponto de vista intelectual para justificar altos soltos, auxílio moradias diferenciados entre praças, oficiais inferior e superiores(???) chegando estes últimos a receberem contracheque que mais de 50 mil reais (hein?)
Quantas polícias no mundo são militarizadas e qual o emprego(??)
Portugal, possui. Talvez só ela entre nações europeias. Mas apenas as utiliza nas áreas não urbanas.
Uma Polícia militarizada com atuação urbana, talvez se justifique naqueles casos de emprego bem específico como o Bope, talvez o Choque… Mas toda uma corporação, não.
Veja o que essa polícia mais parece.
Ao lema de servir e proteger.
Sob os ramos de trigo e café no brasão.
Mais atua como polícia de racista, com dois pesos e duas medidas, com extermínio de população negra e pobre, sempre a primeira nota pública sob justificativa de confronto, versão de suspeita de envolvimento, mas locais não preservados, não isolados ou protegidos para perícia sob alegação de risco ao policial.
Pior que a Guarda Municipal vai para o mesmo caminho de truculência tendo em vista que se espelha naquela e geralmente tiveram em seus quadros de comando militares ou da Polícia ou das FFAA.