O improvável aconteceu. Na tarde deste domingo, 31/7, o ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) rendeu-se ao sistema e anunciou apoio à eleição de Claudio Castro (PL), após críticas contundentes a Castro. O movimento causou estranheza nas fileiras políticas, mas facilitou ainda mais os planos de Castro. Nesse momento, uma multidão de políticos está no bolso do ex-vice de Wilson Witzel (PMB). De Eduardo Cunha (UB) a Washington Reis (MDB), a Alerj em peso, os deputados federais de mandato, todo mundo. Será uma eleição quase que por WO.
A construção estratégica próxima das de Eduardo Paes (PSD) e Sergio Cabral sempre foi eliminar possíveis adversários e concorrer sozinho. Sobraram um Marcelo Freixo (PSB) isolado e um Rodrigo Neves (PDT) sem peso para enfrentar a poderosa estrutura de Castro.
A fatura está liquidada. Castro, a despeito de sua comunicação e seu marketing juvenil, não precisará de discurso, de publicidade, de assessoria de imprensa, de absolutamente nada. Pedindo voto para ele já há milhares de apaniguados em seu governo. A questão agora é botar esse comboio de gente na rua e está resolvida a questão, talvez no primeiro turno.
As pesquisas que estão aí, a maioria, mostram nesse momento um cenário irreal, com Castro batendo quase 30 pontos. Nesse momento seu número está entre 20 e 22, seguido de Freixo. Mas a polarização acentuada entre os dois vai fazer Castro ir aos píncaros em próximas pesquisas. Simplesmente porque os fluminenses não terão para onde ir.
As estruturas de poder começam a chegar na ponta e a população está com muitas dificuldades: dívidas, combustível, alimentos com preços altos, a tendência é que a estrutura chegando na mesa compre a eleição 2022. E vamos para a próxima.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
