Marques: Eleições 2022 vão exigir mais estratégia do que nunca

Para Mario Marques: Microqualitativas, novas redes sociais e monitoramento: as eleições 2022 vão exigir mais estratégia do que nunca

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Foto de Lukas no Pexels

Imagine o gramado do Maracanã espremido, lotado, com 1.000 jogadores disputando uma bola. Quem irá se destacar? Provavelmente ninguém. É assim que estarão Facebook, Instagram e Twitter, inundado de candidatos, quando a eleição 2022 estiver aberta. Milhares de postulantes passarão dias e dias se vendendo, mostrando seus méritos, projetos e bandeiras nos mesmos ambientes – e tornando as redes sociais o pior lugar para distrair a cabeça.

Uma eleição é composta de uma narrativa. Essa narrativa precisa ser comunicada de forma eficiente e clara. E, por fim, ganhar escala, amplitude. O candidato vai precisar mais do que uma rede social arrumada e dinheiro. Vai precisar de estratégia. Usando as ferramentas certas.

Estamos falando de uma eleição eivada em ódio e polarização. Na qual o candidato precisará se inserir de modo destacado comunicando-se de forma dinâmica e superando o monte de adversidades que certamente virão.

Conheça agora 5 recursos que o candidato precisa usar para se apresentar de forma organizada, coerente e estratégica em 2022.

  1. MICROQUALITATIVA DE PERFIL – No livro “Pesquisas qualitativas – pega a direção”, que eu e João Nonato lançamos em junho de 2021 na Amazon, delineamos sobre como uma pesquisa qualitativa pode facilitar o caminho para  uma eleição. No caso de uma disputa proporcional, há um modelo mais barato e prático para formatar o perfil do candidato. A Microqualitativa reúne numa sala amigos  e correligionários em no mínimo dois grupos para debater as características e objetivos do candidato. Essas reuniões geram um relatório completo e clarificado do que o candidato precisa fazer para encarar a eleição e simplifica um monte de opiniões que por vezes mais atrapalham. Como se comportar, o cabelo está bom?, como falar, que linha política seguir, que região atacar, que defeitos corrigir. É a melhor partida. Uma partida que vai economizar lá na frente e evitar os achismos desses mesmos amigos e correligionários.
  • VERO, UMA NOVA REDE SOCIAL PARA CHAMAR DE SUA – O Vero, criado pelo bilionário libanês Ayman Hariri, filho do ex-ministro Rafic Hariri, é uma alternativa interessante ao Instagram. Design moderno, formatação de conteúdo diversa e cheio de recursos. Diz-se que o Close Friends do Insta foi copiado do Vero, ainda desconhecido e com menos de 10 milhões de usuários. Acontece que as recentes declarações de executivos do Facebook dão a entender que o Instagram será mais TikTok e menos Instagram. E, a não ser que você seja um artista acostumado a gracejos, não creio que fazer dancinha é uma opção. No Vero, o candidato terá a possibilidade de atrair verdadeiros eleitores e torná-los evangelizadores, num ambiente criado do zero e organizado da forma que o candidato quiser. O engajamento ali, portanto, será 100% fiel, já que só o ato de conseguir essa migração já será sinal de fidelização do voto.
  • MONITORAMENTO DE IMAGEM NA INTERNET (O QUE PENSAM DO CANDIDATO?) – A pior forma de enfrentar uma campanha é ignorar o que os eleitores pensam do candidato, de suas bandeiras ou projetos. Onisciente, o candidato que acha que sabe tudo e subestima os anseios de seu público-alvo toma pernada. Hoje existem ferramentas sofisticadas de captura de sentimento na internet que geram gráficos qualitativos, muito importantes para a tomada de decisões. Em vez de se gastar mais em painéis diários de avaliação de sentimentos do eleitorado, essa é a forma mais barata de se medir a si próprio. O monitoramento também pode gerar um relatório do que fazer, do que não fazer, do que falar, e definir o conteúdo.
  • RELACIONAMENTO (CORRETO) PELO WHATSAPP – Ainda hoje o candidato acha que disparar whatsapp para o maior número de pessoas é o que gera buzz e voto. Não. Não mesmo. O whatsapp pode criar um relacionamento estreito com o eleitor a partir de uma conversa. Esse relacionamento, de conversa e feedback, precisa ser organizado em camadas. Por região, por bairro, por faixa etária, por religião, por bandeira. É necessário, via redes sociais, sugerir que o eleitor vá conversar pelo canal do whatsapp. Com o telefone de ambos registrados, estaremos diante de um possível match. Até o dia da eleição essa relação precisa ser nutrida. No momento correto e adequado, aí, sim, o candidato poderá enviar material: vídeos, cards, propostas, número etc.
  • E-MAIL MARKETING, A NOVIDADE VELHA – Sim, o e-mail. Aquele negócio que surgiu lá no meio dos anos 90 junto com a internet, é o big deal. Aplicado de forma correta e com uma visão estratégica com premissas próximas do whatsapp, o e-mail marketing pode gerar lead para que se possa criar anúncios direcionados nas redes sociais. Um endereço de e-mail numa eleição é ouro puro. A formatação do conteúdo a ser enviado precisa ter um dinamismo maior, com processos que façam conexões com todos os canais.

O candidato não deve jogar no lixo Instagram, Facebook e Twitter. De maneira nenhuma. São ferramentas fundamentais. Mas precisará de muito mais do que isso se quiser disputar com força as eleições 2022.

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