Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
É absolutamente desanimador o momento que o Brasil e o estado do Rio vivem, de obscura impunidade. Tudo o que se construiu com a Lava-Jato, que cessou por alguns míseros anos a fome da política em se apropriar de recursos públicos em negociatas, foi enterrado com um tapa na cara da população, o silêncio total da mídia, comprada, mídia pequena e mídia grande, sob a direção de abjetos seres que predominam nos gabinetes dos governantes.
Afora as condenações canceladas de Lula, agora tratado como inocente, e, incrível, apto para 2022, temos aí outros novos figurões que trafegam nos bastidores da esgotosfera pública do estado do Rio como se nada tivesse acontecido. À exceção, Sergio Cabral, que ousou delatar membros do Judiciário, sem sucesso, e segue preso.
Há meses ouvimos boatos sobre políticos que serão presos, mas que ficam só nos boatos, porque a força empreendida no escuro é enorme. Há muito dinheiro envolvido para que um ou outro durmam bem, apesar de estarem delatados, documentados e sujos por aí.
Vivemos um momento lamentável da imprensa, que se cala e não põe à frente uma investigação em forma de furo com medo de perder o dinheirinho da campanha publicitária, que no Rio jorra, com a velha manha petista.
Única fonte viva contra a impunidade, o ex-juiz Sergio Moro é agressivamente atacado por Bolsonaro e seus patetas e Lula e seus 40 ladrões. De fato, é preciso registrar, Moro errou de forma letal ao aceitar ser ministro de Bolsonaro. Acabou dando vazão e razão a seres cancerosos da imprensa e da política, que bancam a sua gestão jurídica como uma gestão política.
Vejo diferente: Moro, como juiz, foi um aliado do povo contra os bandidos. Avançou em terreno perigoso, justamente para impedir que os inúteis ficassem impunes. E, sem a toga, paga por isso. Há muita gente com raiva em busca de vingança. Moro é corajoso. Enfrentar o sistema exige coragem. Exige força. Exige ser macho.
Eu passei por isso. No livro “Voto do futuro 2”, que lancei esse ano, conto minha passagem pelo governo Witzel e revelo o que gente corrupta fazia – e faz agora de novo – com o dinheiro da publicidade. Encarar e mudar isso, para mim, foi apertar o botão do ódio. Gente de baixo, do meio e de cima se locupletava com os R$ 125 milhões de publicidade que voavam para veículos obscuros e irrelevantes. Um filme de 1 minuto custava R$ 400.000 aos cofres. Baixamos a R$ 40.000. Uma empena, que me recusei a pagar, da gestão anterior, custava a bagatela de R$ 700.000. O sistema é bruto.
Havia enormes irregularidades e avisei a Witzel, que me apoiou na época: “Mario, se tiver algo errado, corrija. Faça o que precisa ser feito”. Mas os russos não apoiavam. Eles ficaram com sede e fome enquanto estive lá. E pressionaram para que tudo voltasse ao que era – e como está novamente agora.
Moro é a última esperança de um Brasil entregue a esses caras. Não há mais saída para o Brasil a não ser quebrar o sistema. Destruir aquele elefante branco chamado Congresso e refundar o país. Estamos vivendo uma ditadura da informação, com gente da mídia que vive rastejando e bajulando governadores, prefeitos e o presidente em busca de uma sobrevivência melancólica.
Jornais como “O Globo” e telejornais paralíticos como o da “GloboNews” apenas registram operações oficiais da polícia. Não investigam mais nada, mesmo com autos em off nas mãos. Mesmo com fontes dando os caminhos para se chegar aos bandidos. Estão mortos em meio a uma das mais trágicas corrupções no estado do Rio de Janeiro, onde muitos enriquecem sem nenhum olhar crítico. Sem lupa. Sem nada. Assistem a tudo calados. Sabem tudo o que está acontecendo. Mas não fazem nada. O jornalismo morreu.
Vamos passar 2022 inteiro escutando boatos. Que nunca se concretizarão em fatos. O país é um chiqueiro fétido, com lodo seco, onde não há integridade. Um país onde os espertos se mantêm em seus cargos, operando a serviço de mafiosos, com tecnologia petista. Gente sem escrúpulos, sem freio e sem nenhum tipo de empatia com as demandas do povo.
A possiblidade de Sergio Moro virar presidente assusta os bandidos. Os bandidos dos governos e os bandidos da mídia. Eles passam o dia arremessando pedras contra o provável algoz. Assim são eles, os ratos, os comandantes de um sistema que, com um discurso de que o estado do Rio vive um grande momento, assassinam o futuro e o desejo de uma sociedade limpa. São violinistas afundando com o Titanic, fingindo que orquestram uma peça erudita digna de aplausos, mas a história mostrará que o que havia nos porões dessa embarcação imunda eram apenas músicos medíocres e infames.
Humm, parece que a campanha já começou, né…
Bolsonaristas de outrora abandonando o barco (que afunda cada vez mais) tentando emplacar agora uma “terceira via”…
Fome, miséria, inflação altíssima, desemprego enorme, combustível e dólar nas alturas… Será mesmo que o povo brasileiro vai comprar a ideia de que o juiz que foi um dos responsáveis por essa piora será o salvador da vez?
Olá Diário do Rio,
Em nome da “democracia” esse colaborador da empresa tem a cara de pau de defender e fazer campanha para o ex juiz…
Patético, finge que não leu e nem ouviu falar das ilegalidades por ele cometidas, alardeadas por meses nos grandes veículos de comunicação…
Decadência…
O Diario do Rio a cada dia que passa tem mais viés político. Já não bastasse ser amiguinho do Cesar Maia, agora diz que Sérgio Moro é gente do bem. Deixando de seguir o feed agora. Gente escrota não merece ter plateia.
Esta é uma coluna de opinião, no DIÁRIO DO RIO também escrevem parlamentares do PSL, PSol, Novo…
Serio isso?!? Esqueceu daquela reunião com provas irrefutaveis que não havia nada?!? Kkkkk matéria de militante da terceira via que não existe ? ? ?
Haaaa eu tenho que rir desse artigo…
O que mais possível fazer ué!?