‘Louvorzão’ com multidão de 50.000 pessoas é cancelado na Quinta da Boa Vista

Louvorzão 93, evento pra 50.000 pessoas nos jardins da Quinta para celebrar o "legado do senador Arolde de Oliveira", foi indeferido pelo Iphan. A prefeitura autorizou sua realização e patrocinou-o com quinhentos mil reais.

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Quinta da Boa Vista

Após a publicação, ontem, aqui no DIÁRIO DO RIO, de matéria sobre a absurda realização de um megaevento que poderia destruir os jardins da Quinta da Boa Vista, uma nota oficial da Rádio 93 FM, divulgada nas redes sociais, informa que o Louvorzão 93 foi cancelado. O motivo, segundo o comunicado, é alheio às vontades da Rádio, que, segundo eles, teria “tomado todas as providências cabíveis”.

Na verdade, o evento para 50.000 pessoas não foi autorizado pelo Instituto do Patrimônio Cultural por ameaçar a integridade do sítio arqueológico. Desde 2014, não se autorizam mais eventos do tipo. Em 2016, uma grande ‘rave’ que ocorreria no local acabou transferida para o sambódromo. Apesar disso, o ex-secretário municipal e pré candidato a deputado, Eduardo Cavalieri havia dado autorização da prefeitura para o evento no apagar das luzes de seu período na secretaria de meio-ambiente.

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Reprodução Redes Sociais

O evento evangélico, que aconteceria no próximo dia 15/04, sexta-feira, seria para mais de 50 mil pessoas. A Quinta da Boa Vista, não tem, segundo especialistas, estrutura para receber mega eventos. O limite atual para eventos no entorno do palácio de São Cristóvão é de 5.000 pessoas. A organização do mega show é da produtora MK Music e da rádio evangélica 93FM, ambas de propriedade do falecido senador Arolde de Oliveira. O evento recebeu patrocínio da prefeitura, concedido pela subsecretária de eventos Ana Ribeiro, que liberou 500.000 reais em dinheiro público para os organizadores.

O “Louvorzão 93“, segundo sua organização, iria reunir dezenas de milhares de pessoas, numa maratona de shows que reunirá nomes da música evangélica neopentecostal, com 23 atrações “confirmadas” que incluem Aline Barros, Anderson Freire e outros famosos do segmento. Os artistas evangélicos se apresentariam à gigantesca multidão das 14 às 23h.

Um evento de semelhantes proporções foi vetado em 2016, quando o Palácio ainda nem estava em ruínas por conta do incêndio, que ocorreu 2 anos depois. Na ocasião o Ministério Público se insurgiu – e com razão – contra o Ultra Rio Brasil, uma mega festa ‘rave, feita para público também de dezenas de milhares de pessoas. Na ocasião, o MP citou os riscos ao patrimônio nacional, e também o problema do som altíssimo, que pode colocar em risco os animais do Jardim Zoológico (Bioparque), que fica bem ao lado. Na época, o MP demonstrou que o pedido havia sido indeferido pelo Iphan, o que, segundo fontes, parece ter ocorrido também no caso do Louvorzão.

Ainda cabe um recurso no IPHAN em Brasília para que o evento seja realizado.

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13 COMENTÁRIOS

  1. Concordo que era um evento com muita gente que poderia trazer danos ao local e aos bichos…agora pergunto: e os blocos carnavalescos que desfilam emporcalhando, urinando e até defecando pelos locais cujo os valores de iptus são os mais caros do Rio…pode?

  2. Lamento saber que o evento foi cancelado, a rádio sempre fez esse evento lá, e o evento recebeu apoio do governo do estado, não tem relação com Bolsonaro como foi insinuado no final da matéria, diz algo com relação a ” amigos do rei e vossa alteza”
    .
    Respeitem a liberdade dos cristãos de fazer eventos… não vai dar pra fazer nesse local e a rádio respeitou a decisão.
    Cristão tem direito de cantar, votar se candidatar fazer oque quiser.
    Já tá feio essa matéria tendência que finge que sabe algo dos cristãos
    A rádio não é neopentecostal, é pra todo seguimento gospel…deveria ao menos fazer uma pesquisa descente antes de falar de nós cristãos.

  3. Proibições desse tipo é para quando convém, somente! Essa historinha de cuidado com os animais, etc não passa de motivo para prejudicar de gente HIPOCRITA que não tem coisa melhor pra fazer. Este evento sempre ocorreu lá e nunca houve depredação do patrimônio, aliás, houve diversos eventos similares e da mesma magnitude lá. Em alguns dias ocorrerá outro evento com bandas etc, quero ver o queridissimo dono deste site vai se dedicar pra cancelar igual se dedicou para um evento de cunho religioso. Kkkkkk

  4. Hipocrita é você, que faz arruaça na internet com um comentário inútil como o seu. Deixa eles fazer o evento deles, que afinal não faz mal a ninguém, tem tanto eventos, rave, bar etc … qual é o problema? E sobre o poder público sabemos que o poder público nunca cuidou e nunca ligou para nada, aí você vem me vem falar aqui, sendo que você também não faz nada, só vem vomitar sua ignorância aqui. Vai reclamar para não ter o dinheiro lá para o evento do carnaval, que todo ano tem, amém!!!!

    • A crítica da matéria não foi contra a realização do evento evangélico… mas sim se mostrou preocupada com o local de realização. Afinal, para os que não leram, parece que você, o local não comporta mais do que 5.000 pessoas por conta dos jardins e da vizinhança com o Jardim Zoologico. Só isso. Pode ser no Terreirão do Samba, na Apoteose, no Parque dos Atletas… qquer lugar amplo desenhado especiamente para esse fim. Simples assim.

      • Pablo, finalmente alguém “iluminado” que LEU e ENTENDEU a matéria…

        Independente de crenças, eventos desse porte nunca poderiam ser realizados na Quinta justamente pelos motivos apresentados em seu embargo. Por essas e outras razões não temos mais o Projeto Aquarius (alguém lembra!?) que levava milhares de famílias aos gramados da Quinta nos domingos para assistir à OSB gratuitamente.

        Sobre a polarização entre eventos evangélicos x carnaval, posso dizer que qualquer radicalismo é prejudicial a TODOS e que, segundo DEUS, temos LIVRE ARBÍTRIO para decidir o que fazermos de nossas vidas, logo, não é por que o cara é evangélico que ele tem garantia de entrada na porta do céu (tem muito “crente do cú quente” por aí pregando ódio contra os “não evangélicos). Da mesma forma, não é por que o cara é sambista que ele vai arder no mármore do inferno (tem muito sambista que leva a vida muito mais ética do que muitos pastores por aí). Tem espaço e evento para todo mundo desde que haja RESPEITO pela escolha alheia.

        Ah! E só para lembrar, o carnaval vai gerar, só este ano, uma receita de cerca de R$ 2bilhões para os cofres públicos através da arrecadação de impostos ligados diretamente ao evento e que contribuirão para as melhorias necessárias à cidade, além de gerar também milhares de empregos diretos/indiretos. Para aqueles que gostam de meter o malho no carnaval eu faço as seguintes perguntas: Quanto esse evento gospel vai gerar para a cidade mesmo!? Qual a benfeitoria ou o legado ele vai deixar no dia seguinte?

        Vamos pensar um pouquinho antes de bater no vizinho!!!

        • Carnaval: dá milhares de empregos durante o ano. Eu não gosto mais de carnaval, nem iria assistir, porém, qtos gostam? Então que vão. Mas o problema é o local mesmo. O maior absurdo essa de querer usar a Quinta pra isso. Que façam em outro local apropriado. Lá não é.

  5. Hipocrita é você, que faz arruaça na internet com um comentário inútil como o seu. Deixa eles fazer o evento deles, que afinal não faz mal a ninguém, tem tanto eventos, rave, bar etc … qual é o problema? E sobre o poder público sabemos que o poder público nunca cuidou e nunca ligou para nada, aí você vem me vem falar aqui, sendo que você também não faz nada, só vem vomitar sua ignorância aqui. Vai reclamar para não ter o dinheiro lá para o evento do carnaval, que todo ano tem, amém!!!!

  6. Vc que jugando evento deveria jugar tbm o carnaval tem uma chamada fortíssima emmyma.das escolas muito triste deus e maior esse evento será realizado lá ou em qualquer outra parte deus e fiel

  7. Ô Glória, amém!!!!! Bando de crentes hipócritas, celebrem a Cristo dentro da casa do Senhor e não fazendo arruaça num patrimônio público. Deem exemplo, já que o poder público (principalmente os que dizem ser servos de Deus e estão se servindo do dinheiro público) não cuidam.

    • Luiz, seu comentário é, no mínimo, contraditório. Se foi o próprio poder público que embargou o evento devido aos prejuízos que poderia causar, como ele “não dá o exemplo”?

      Sobre arruaça, isso acontece em qualquer evento de grande porte, mas, sejamos sinceros, os evangélicos teoricamente são mais comedidos e não creio que sairiam pichando muros, mijando em postes ou depredando lixeiras como provavelmente aconteceria (como já vi acontecer) na saída de uma rave.

      E “celebrar Cristo” está dentro de nós, em nosso dia-a-dia, em nossas atitudes para conosco, a sociedade e nossos irmãos, independente de religião.

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