A crise de representatividade que ocorre na nossa política é uma questão séria que foi exposta durante as manifestações populares de junho de 2013. E não apenas no Poder Legislativo, até mesmo nos sindicatos e entidades de classe há forças de dissidência que sinalizam que muitas lideranças atendem a interesses sem a coletividade. Por isso, o Diário do Rio relembra aqui formas importantes de se fazer presente e mobilizado.
Há diversas formas de atuar. Não é preciso ir em manifestações para ser considerado ativista, mas também ficar sentado no sofá reclamando da bandalha pode não ser a atitude mais saudável, né? Então algumas dicas:
Informe-se fora da mídia tradicional
Ler apenas o jornal dominante da cidade natal não é ser informado. É bom buscar formadores de opinião que você confia, mídias alternativas, que não estão tão comprometidas com grandes investidores.
Lembre-se de que a Constituição de 88 assegura o direito ao exercício da cidadania ativa. Os instrumentos indicados por este dispositivo legal são:
Plebiscitos, referendos, iniciativa popular de leis, ações populares…
Conhece um pouco a história das conquistas democráticas?
A participação política moderna teve início com as revoluções burguesas na Europa…
…que iniciam uma lenta soberania popular fundamentada na igualdade entre os indivíduos.
Esse progresso ocorre até hoje gradualmente, a partir da integração política de diferentes camadas da população. Exemplos: ampliação do sufrágio universal e o voto. Vamos a outras formas de participação popular:
Recolher assinaturas
Recolher assinaturas hoje é fácil. Pode fazê-lo de forma digital, como fez o movimento pelo projeto Ficha Limpa. Pode também recolher assinaturas manualmente como forma de mobilização. Tem até gente criando site especializado na atividade.
Atualmente a campanha Não Foi Acidente, que pretende endurecer a pena a quem cometeu um acidente de carro embriagado, está com 999.580 assinaturas, e precisa chegar a 1,3 milhão para encaminhar a proposta ao Senado. Se quiser conhecer acesse:
http://naofoiacidente.org/site/assine/
O BÁSICO: Atividades Eleitorais
Abrange todo tipo de atividade eleitoral e partidária, conforme as regras eleitorais fixadas, e permite que os cidadãos se candidatem ou elejam os representantes políticos que ocupam cargos governamentais.
O canal eleitoral só é efetivamente democrático quando a sociedade é igualitária em recursos à disposição dos diferentes grupos e forças políticas. O Brasil ainda deixa muito a desejar, mas podemos fazer nossa parte, conhecendo bem nossos candidatos e acompanhando-os de perto no mandato. Perceba se o canal de comunicação é fácil, tente falar com seu deputado. Já tentou?
Através de Organizações Não Governamentais
A ação coletiva pode levar à formação de movimentos em defesa de interesses específicos, abrangendo os movimentos sociais, as associações cívicas e as organizações não-governamentais (ONGs). Os movimentos sociais fazem parte da realidade política do Brasil; foram e são fundamentais para ampliação dos direitos sociais e civis. O dilema do Terceiro Setor é “democratizar a democracia”.
Algumas das ONGs mais importantes e conhecidas do mundo são aquelas de proteção ambiental, como WWF e no Brasil a Fundação Mata Atlântica. Outras das maiores são: Saúde Criança, Viva Rio e Fundação Abinq. É possível voluntariar, doar, realizar pesquisas para o desenvolvimento, e tudo o que você imaginar. Muitas vezes essas organizações, embora precisem entrar no sistema para atuar, lutam por mais democracia. Qual é a causa que te apaixona?
Cyberativismo
O cyberativismo juvenil consiste em uma nova forma de ser cidadão global. Temos espalhados pelo Brasil milhares de webcidadãos, em maioria jovens, que identificaram a internet como primordial na hora de gerar sinergia em torno dos seus sonhos e causas coletivas.