Após se entregar à Polícia Federal, o miliciano Zinho diz agora estar arrependido dos crimes que cometeu, o que recentemente incluiu o incêndio de 35 ônibus na Zona Oeste, a suspeita de ser mandante do assassinato do ex-vereador e milicano Jerominho, isto apenas para ficar apenas nos casos mais famosos. Ele estava foragido desde 2018 e havia pelo menos 12 mandados de prisão.
Com quase 1/3 da cidade sobre o domínio de sua organização criminosa, o mliciano se encontra no presídio de segurança máxima Bangu. De acordo com o secretário de Segurança Pública, Victor César dos Santos, “Zinho, disse que estava arrependido dos crimes que cometeu e que decidiu se entregar para cuidar da família“.
Para o governador Cláudio Castro “Essa é mais que uma vitória das polícias e do plano de segurança, mas da sociedade. A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo”.
Caso Zinho manifeste um arrependimento genuíno, isso pode representar um golpe significativo no cenário do crime organizado no Rio de Janeiro. Sua ascensão na carreira como contador de seu irmão, Ecko, falecido em 2021, e posterior liderança na maior milícia do estado, proporcionam-lhe uma posição privilegiada. Zinho detém informações que poderiam resultar na exposição e desmantelamento de políticos, policiais e empresários que colaboram com essa malevolência enraizada na sociedade carioca
Teria sido mesmo Zinho o mandante do assassinato do Jerominho, quando o outro grupo do Tandera ameaça a região? Acho mais provável que viesse a se aliarem com a família da tradicional milícia que dominou a região e da qual seu irmão Ecko assumiu do que matar.