Monumento de D. Pedro I sofre novo ataque de criminosos

Após inúmeras revitalizações, o conjunto escultórico teve flechas serradas e o cocar de uma indígena furtado. O lixo também é outro problema enfrentando no entorno

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Imagem com flechas sem as pontas e índia sem o cocar - S.O.S Patrimônio Histórico

Desde a sua revitalização para as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, o monumento em homenagem a D. Pedro I, instalado no Praça Tiradentes, no Centro da cidade, já teve várias peças furtadas.

Um dos ataques ocorreu em dezembro de 2022, quando estrelas e um gradil foram furtados. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Conservação (SECONSERVA) afirmou, por meio de nota, que tomaria as medidas cabíveis para punir os agressores do patrimônio público, além de fazer o devido restauro da imagem.

“A Secretaria Municipal de Conservação lamenta mais um ato de vandalismo e informa que fará a reposição dos elementos furtados do gradil da estátua de D. Pedro I, na Praça Tiradentes. O monumento é uma das obras restauradas para o Bicentenário da Independência e entregues no dia 7 de setembro deste ano. Existe uma câmera no local e a investigação é de competência das autoridades policiais”, comunicou a pasta responsável pelos monumentos da cidade, conforme repercutiu a Agência Brasil, na ocasião.

A depredação patrimonial da cidade sempre foi uma realidade negligenciada, mas com a pandemia e após o período pandêmico, a situação se agravou de forma agressiva e vergonhosa, por meio da livre atuação de criminosos dedicados à violação e ao furto de peças de metais cujos destinos são ferros-velhos ilegais espalhados por vários bairros da cidade. Nesses lugares, o material é vendido a peso, para depois ser revendido para ser fundido. O troco ganho pelos ladrões do dinheiro público vai para a compra de pedras de crack e outros entorpecentes que fazem a desgraça do Rio de Janeiro.

Apesar de todo o empenho da Prefeitura, a tarefa de manter a cidade bem asseada e conservada em sua totalidade é uma tarefa inglória. Mais uma vez o monumento de D. Pedro I foi depredado. Desta vez, segundo a página S.O.S Patrimônio, furtaram o cocar da indígena, além de terem serrado as flechas de um dos conjuntos escultóricos.

O lixo, e os dejetos humanos presentes nas imediações também são outros problemas apontados por quem valoriza a arte monumental a céu aberto. Com a desorganização e o mal cheiro é simplesmente impossível se aproximar do monumento, que atrai turistas de todo o mundo. Muitos deles com o hábito de prestigiar os marcos simbólicos da história nacional corporificados nas estátuas espalhadas pela cidade.

A Prefeitura mais uma vez fará o que deve ser feito. Certamente, os criminosos voltarão a atacar as estátuas. Enquanto não houver punição para a longa cadeia que estimula esse tipo de crime, o dinheiro do contribuindo continuará sendo queimado em pedras de crack.

Pioneirismo

Inaugurado em 30 de março de 1862, com grande festa e com a presença do imperador D. Pedro II na então Praça da Constituição, o monumento no qual D. Pedro I está montado a cavalo e ergue na mão direita o Manifesto às Nações, foi a primeira escultura pública do Brasil. O projeto é de autoria de João Maximiano Mafra, com execução do francês Louis Rochet.

A estátua e o pedestal foram construídos em Paris, na França, depois trazidos de navio para o Brasil em outubro de 1861. O monumento todo tem mais de 15 metros. A obra conta com imagens de indígenas e animais, que  representam os rios São Francisco, Madeira, Amazonas e Paraná.

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