As famosas palmeiras da orla da Praia da Bica e também as que estão na Rua Uçá e na Rua Jorge Lima são do final da década de 1920. As espécies foram plantadas em 1928, no momento que se inicia a urbanização do bairro Jardim Guanabara, e em 2016 foram tombadas por seu relevante valor histórico e paisagístico. No entanto, moradores estão reclamando da falta de preservação das plantas.
Segundo as reclamações de moradores, cupinzeiros estão se formando em uma série de Palmeiras e algumas já foram cortadas. Por esse motivo, o engenheiro Wagner Victer enviou à Fundação Parques e Jardins um documento relatando a atual situação.
“É muito importante, não só dentro das funções que cabem a essa Fundação, mas no cumprimento da Lei, que se faça um levantamento urgente desse conjunto de Palmeiras e que se adote em articulação com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Subprefeitura da Ilha um programa de preservação delas desde a base efetivamente, onde os canteiros estão plantados muitas vezes impermeabilizados, mas na recomposição de parte das raízes ou até outras intervenções necessárias para eliminar as pragas e fazer um reforço nesse conjunto de árvores que devem ser preservadas“, diz o documento.
Em nota ao DIÁRIO DO RIO, a Fundação Parques e Jardins afirmou que, desde o dia 15/10, vem realizando vistorias nas palmeiras imperiais da Ilha do Governador. As análises estão sendo feitas por profissionais que integram a equipe técnica da Diretoria de Arborização do órgão. As primeiras espécies vistoriadas foram as palmeiras localizadas na Rua Uçá.
“Em relação à saúde das árvores, em 2022 a FPJ dará início a um censo arbóreo para a avaliação de todas as árvores do Rio. O censo será um importante instrumento que vai auxiliar a Prefeitura na gestão da arborização urbana, com informações específicas sobre o estado fitosanitário de cada espécie. Com essas informações será possível acompanhar de forma mais eficaz sobre os riscos de queda de árvores e os riscos de doenças, dando possibilidade de atuação antecipada para evitar maiores problemas. As informações do censo arbóreo ficarão armazenadas em um aplicativo que será abastecido pelos técnicos da Prefeitura. Em um segundo momento o aplicativo será disponibilizado para consulta e participação da população“, disse em nota.