Moradores da Rua Benjamin Constant, na Glória, reclamam de Carnaval fora de época

Depósito de bebidas que fica no n 116 se transformou numa casa de festas, que não se submete à legislação alguma. Inúmeras reclamações foram feitas à Subprefeitura, sem sucesso

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MATÉRIA ATUALIZADA em 17/09/2024

É impossível dormir na Rua Benjamin Constant, no bairro da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo relato de alguns moradores, a cada início da madrugada – exceto segundas e terças feiras – a arruaça correria solta no local, promovida por um depósito de bebidas, que fica no numero 116, mas que, segundo os residentes das proximidades, parece ocupar toda a extensão da rua, dado o barulho que faz. O depósito, segundo os moradores, virou uma casa de festas, ou mesmo bar, sem nenhum pudor em desrespeitar a legislação vigente.

Um vídeo postado na internet mostrou mesas e cadeiras montadas na calçada e na pista, com várias pessoas bebendo e cantando acompanhadas por um som altíssimo, que simplesmente não deixa ninguém sossegado.

Moradores da rua entraram em contato com a redação do DIÁRIO DO RIO desesperados, pois afirmam não conseguir pregar os olhos dada a balbúrdia que toma conta do local quase todos os dias. E não é de hoje, segundo eles faz tempo que as pessoas fazem reclamações à Subprefeitura sobre o escarcéu causado pelos frequentadores do depósito de bebidas.

No local, também são montadas rodas de samba que invadem a calçada, impedindo a passagem de pedestres, inclusive idosos e carrinhos com crianças. Parece um verdadeiro Carnaval fora de época, mas é apenas um esquenta que tem hora para começar, mas nunca para terminar. Com a bebedeira correndo solta, os vizinhos citam que os palavrões de todos os tipos e brigas também são corriqueiros. Muitos chegam cansados do trabalho e só querem dormir, mas em plena transição de segunda para um terça-feira, portanto, dias úteis, é uma missão impossível.

Muitas reclamações foram feitas não somente à Subprefeitura da região, mas também à Polícia Militar que faria ouvidos moucos para a algazarra já instalada na Benjamin Constant. A arruaça já teria se tornado tão conhecida, que pessoas de outras ruas da Glória e de outros bairros vão beber, cantar e gritar no local.

Como se não bastasse o inferno sonoro e toda sorte de transtornos impostos aos moradores da rua, há frequentadores do depósito de bebidas que não têm o menor pudor em fazer as suas necessidades fisiológicas na rua, entre os carros e nas paredes. Enfim, os moradores relatam um horror que deixaria o ambiente fétido e intransitável.

Apesar de toda desordem pública, desrespeito e inúmeras reclamações à vários órgãos públicos, trabalhadores, estudantes, pessoas idosas e doentes, simplesmente se veem abandonados, completamente desprotegidos e sem ter a quem recorrer.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Sou moradora da rua e apesar de me incomodar com o barulho (moro exatamente em cima do bar descrito) vejo muito vacilos e erros na matéria sensacionalista. Não é comum ocorrerem brigas no local, tampouco que os frequentadores do bar urinem na rua, o bar conta com banheiro. O barulho é um questão de fato, mas há pouco negociado com os donos e estipulado limite de horário. Muitos moradores da rua frequentam o bar. O vídeo colocado ao final da matéria não é da rua, é de qualquer outro lugar que desconheço. Há erros diversos na matéria, um canal de comunicação sério não deveria se prestar a um papel desses.

  2. Uma matéria puramente sensacionalista, antipática e redundante. Moro desde que nasci na Benjamin, por anos a rua foi ocupada por criminosos do tráfico de droga, que respondiam às ordens da facção que domina a favela vizinha do Sto Amaro.
    Até onde eu sei, os moradores que hoje sofrem com a cultura e com as ruas cheias, não sofriam com os usuários e com os vendedores de drogas.
    Uns anos atrás a boca da Benjamin desapareceu, a rua ficou deserta, perigosa e quase sem movimento, um ambiente ideal para roubos de veículos, roubo de transeuntes e tragédia, bem pior do que o samba e o barulho que se relata no texto.
    Creio que o sensacionalismo, foco no problema e caos descritos seriam facilmente contornados com organização, diálogo e negociação com os moradores. Por exemplo :
    – Som até às 22h
    – Banheiros químicos disponíveis
    – Compartilhamento do plano de eventos
    – Taxa de limpeza para o cuidado da região

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