Desde a última terça-feira (01), o Edifício Bel Air, na Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, ganhou um novo ”morador”. Trata-se de um simpático gambazinho que apareceu no local e, de lá para cá, tornou-se o mascote do prédio.
Em postagem nas redes sociais, o caso ganhou bastante repercussão. De acordo com uma moradora local, o animal foi carinhosamente apelidado de Belinho – em alusão ao nome do empreendimento – e está sendo bem alimentado, ganhando até uma ceia completa de frutas, que inclui, por exemplo, bananas, uvas e mamão.
Ainda segundo a moradora, o gambá, além de estar ”desfrutando de uma cobertura de frente para o mar (Enseada de Botafogo)”, não quer saber de mais nada, pois ”dorme e ronca muito”.
Nos relatos, ela diz também que a Patrulha Ambiental, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) responsável por resgatar animais silvestres no Rio, foi prontamente acionada e deu prazo de 24h para buscar o gambazinho. No entanto, devido à alta demanda de solicitações, isso acabou ainda não acontecendo e o animal segue no edifício sob os cuidados dos moradores.
Vale ressaltar que o DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a SMAC para apurar a situação, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. A reportagem será atualizada tão logo isso aconteça.
Confusão com gambá ”fedorento” e com ratazanas
De acordo com Anny Farah, estudante de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é comum gambás invadirem áreas residenciais em busca de alimentos, uma vez que o habitat natural deles foi degradado pela ação antrópica.
Além disso, especificamente falando sobre o do Edifício Bel Air, ela diz que trata-se de um gambá de orelha preta (nome científico ”Didelphis aurita”), que é muito confundido com o cangambá norte-americano (que tem mau cheiro) ou com ratazanas. ”Por isso que as pessoas acham que eles são sujos e transmitem doenças, mas são inofensivos para nós. E eles nem são roedores, são marsupiais”, explica.
”Muita gente mata pois confunde com rato e acha que é sujo, mas eles realmente não fazem mal, pelo contrário, controlam animais peçonhentos que oferecem risco para a gente, como aranhas, escorpiões e serpentes, pois se alimentam deles”, complementa.
Lepstopirose, raiva, verminoses,
Tá tranquilo….
Ótima matéria que traz esclarecimento importante sobre a identificação para conhecimento só público de modo que não haja confusão com roedores como ratazana.