Mulher morre em calçada no Caju, e corpo passa 15 horas esperando por remoção

Mulher, identificada como Cristiane Pedro Gomes, teve 2 mal súbitos e acabou falecendo; morte aconteceu por volta das 18h de terça (01/06) e corpo só foi removido quase às 09h desta quarta (02/06)

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Corpo de Cristiane Pedro Gomes estirado no chão, horas depois do falecimento - Foto: Reprodução/TV Globo

Um fato triste e inusitado aconteceu no Caju, bairro da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no início da noite da última terça-feira (01/06). Uma mulher, que estava voltando do trabalho, passou mal e acabou falecendo em um ponto de ônibus da região. No entanto, na manhã desta quarta (02/06), o corpo dela ainda não havia sido removido, permanecendo estirado no mesmo local.

Identificada como Cristiane Pedro Gomes, ela tinha 42 anos e trabalhava como auxiliar de limpeza. Segundo testemunhas em relatos à ”TV Globo”, a mulher aguardava sua condução em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) quando, por volta das 18h, começou a sentir falta de ar acabou desmaiando.

Após ajuda de algumas pessoas que estavam no ponto de ônibus e também de policiais militares, Cristiane conseguiu ser reanimada e passou a eles o contato telefônico do marido e de um dos seus filhos, que correram para o local. Porém, infelizmente, antes que eles conseguissem chegar, ela teve outro desmaio e não resistiu.

De acordo com Alexandre Graciano, marido de Cristiane, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e lhe entregou o atestado de óbito, mas não removeu o corpo. Ele também relatou que telefonou para o Instituto Médico-Legal (IML), que fica a apenas 2km dali, mas ninguém apareceu.

”A luta é essa aí para remover o corpo. A polícia disse que era com a Defesa Civil ou com o Samu. O Samu pedia que entrasse em contato com a Defesa Civil. Liguei para lá mais de 5 vezes, e eles empurravam de novo para o Samu. Nesse ‘fica empurrando’, estou até agora sem resolver as coisas”, lamentou Alexandre.

policia corpo Mulher morre em calçada no Caju, e corpo passa 15 horas esperando por remoção
Viatura da PM e corpo de Cristiane estirado ao lado – Foto: Reprodução/TV Globo

Remoção quase 15 horas depois da morte

O corpo de Cristiane foi retirado do local às 08h50 desta quarta, isto é, quase 15 horas após o falecimento acontecer. Ele estava envolvido em um saco azul. Segundo a Polícia Militar, ”a remoção de corpos é de responsabilidade da Polícia Civil somente em casos de morte violenta”, o que não foi o caso de Cristiane.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Mulher morre em calçada no Caju, e corpo passa 15 horas esperando por remoção

5 COMENTÁRIOS

  1. Iniciar a matéria afirmando:

    “Um fato triste e inusitado aconteceu no Caju”

    O caso é vergonhoso, deprimente. Jamais usaria o termo inusitado pois justo isso está para ser comum logo logo, já que governos estão deixando serviços públicos diretos de lado para conceder a terceiros.
    A família que tem um ente falecido nessas condições passaram a ter responsabilidade de acionar a funerária, e não mais o serviço público.

  2. Os Governos estão privatizando tudo e deixando o cidadão resolver por si.
    Agora não mais se aciona o serviço público para remoção de pessoa da família falecida no meio da rua.
    À família cabe acionar o serviço funerário…
    Fica nas mãos da máfia das funerárias…

    Isso é o Estado mínimo que neoliberais como alguns aqui do Diário do Rio defendem…

  3. O Rio de Janeiro, infelizmente, perdeu a sua identidade como uma metrópole eficiente, que foi… A ganância e o despreparo dos governantes assim a tornaram: ma enorme comunidade tentando ser uma cidade… Parabéns políticos pela ineficiência ímpar!

  4. É desumana e absurda a demora dos nossos serviços de remoção, seja de corpos ou até de veículos envolvidos em acidentes, nesse último caso, causando transtornos imensos ao trânsito já caótico da cidade.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui