Neste sábado (19), a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores promoverá, na sua Igrejinha da Rua do Ouvidor, 35, ao meio-dia, uma Missa Solene em Memória de São Pedro de Alcântara, co-padroeiro do Brasil, juntamente com Nossa Senhora Aparecida. A Santa Missa será celebrada pelo Padre Vitor Pimentel Pereira e terá bonita procissão de entrada ao som de fanfarras e uso da prataria histórica da Irmandade. No evento, que contará com coral e orquestra, será entoado o famoso “Glória”, de autoria de Monsenhor Marco Frisina, um dos maiores compositores católicos da história do Vaticano.
De origem espanhola, São Pedro de Alcântara – que tem sido pouco lembrado como padroeiro do Brasil – nasceu, em 1499, no seio de uma família nobre. Criança de hábitos simples e de bom comportamento, Pedro de Alcântara destacou-se pela prática da oração. Já adulto realizou os seus estudos universitários, ao lado do cultivo das virtudes cristãs, que falaram mais alto na hora de escolher a profissão. O pai de Pedro queria que ele seguisse o Direito, mas o jovem decidiu ingressar na Ordem de São Francisco.
Após anos de estudos e dedicação, São Pedro de Alcântara foi ordenado sacerdote, tornando-se modelo de perfeição monástica. O jovem era Franciscano de espírito e convicção; trajava um hábito surrado, fazia oração e jejum constantemente e tinha poucas horas de sono, dedicando-se ao trabalho e à pregação.
O religioso ocupou altos cargos até chegar, com vinte anos, a superior do convento, e, posteriormente provincial da Ordem, visitando todos os conventos da sua jurisdição e promovendo mudanças baseadas na regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho contundente.
Por sua incomum inclinação religiosa e reputação, São Pedro de Alcântara foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III; amigo de santos, além de diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila, a quem ajudou a ter autorização, junto ao Vaticano, para fundar, em Ávila, o seu primeiro convento de carmelitas. Sobre São Pedro de Alcântara disse Santa Teresa de Ávila após a sua morte: “Pedro viveu e morreu como um santo, e, por sua intercessão, consegui muitas graças de Deus”.
O Santo, que é considerado um dos grandes místicos espanhóis do século XVI, faleceu aos 63 anos, em 1562, após intenso sofrimento. Em 1622, São Pedro de Alcântara foi beatificado por Gregório XV. Em 1826, por solicitação de Dom Pedro I, foi declarado Padroeiro do Brasil. A família real portuguesa tinha São Pedro de Alcântara como Santo de devoção particular.
A Casa Imperial do Brasil e a Família Imperial Brasileira também tem São Pedro de Alcântara como padroeiro. As origens da Casa Imperial do Brasil remontam ao ano de 1822, quando Dom Pedro I, após a proclamação da Independência no dia 7 de setembro, foi aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil em 12 de outubro.
Os Imperadores do Brasil, assim como os Reis de Portugal, integram a Casa de Bragança, reinante desde 1640. A Casa descende do Rei Dom Afonso I, que, em 1139, fundou o Reino de Portugal.
Com o matrimônio da Princesa Imperial do Brasil, Dona Isabel de Bragança, filha e herdeira de Dom Pedro II, com o Príncipe Gastão de Orleans, Conde d’Eu, membro da Família Real Francesa, foi erigida por descendência masculina, principesca e legítima, a Casa de Orleans e Bragança: a Casa Imperial do Brasil; descendente legítima dos Reis da França, membros da Dinastia Capetíngia, como São Luiz IX e Hugo Capeto, que, em 987, foi eleito Rei dos Francos.
Os Príncipes e Princesas do Brasil, dinastas ou não, devem respeito e deferência ao Chefe da Casa Imperial, Imperador de jure (ou seja, “de direito”), segundo a Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824. Apesar do golpe de 15 de novembro de 1889, quando foi instaurada a República, além da sucessão biológica, a Família Imperial se manteve fiel à sua missão histórica
Após o longo exílio, de 1889 a 1945, e o retorno ao Brasil, os vários Chefes da Casa Imperial – do Imperador Dom Pedro II até o seu trineto, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, atual depositário dos direitos ao Trono e à Coroa do Brasil, nunca se eximiram do cumprimento dos deveres intrínsecos à condição de membros da Família Imperial.
De importância inestimável para a Fé Católica, no Brasil e Portugal, São Pedro de Alcântara é homenageado com uma belíssima imagem na Igreja de Nossa Senhora do Carmo na antiga Sé, na Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio, a poucos metros da igrejinha dos Mercadores.
Missa Solene:
A Missa Solene em Memória de São Pedro de Alcântara terá o acompanhamento do Coral Astorga, da soprano Juliana Sucupira, que se apresenta todos os finais de semana no Coro da capela das Igreja da Lapa dos Mercadores.
Aos sábados e domingos, às 12h, a Irmandade realiza missas em latim e aceita reservas para casamentos, batizados, missas particulares e bênçãos particulares às lojas e aos estabelecimentos comerciais da região central da cidade.
A Igreja da Lapa dos Mercadores está aberta à visitação turística de segunda a sexta, das 9h às 18h; sábados, das 9h às 17h; e, domingos, das 9h às 16h. Também são celebradas missas nos dias de semana, às 12:15 diariamente.
Serviço:
19/10
Missa Solene em Memória de São Pedro de Alcântara, com Coral e Orquestra
Sábado, 19 de outubro, às 12h
Celebrante: Padre Vitor Pimentel Pereira
Rua do Ouvidor, 35
Estacionamento:
No sábado, o estacionamento ESTAPAR da Praça XV (Edifício da Bolsa) está aberto, além do Terminal Menezes Cortes; são 2 minutos de caminhada.
Obrigado pela divulgação