No Rio, artistas exploram manufatura têxtil e feminilidade em exposição

A mostra no Centro Cultural dos Correios, que vai até 5 de outubro, apresenta peças que exploram tramas e elementos têxteis

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
“A ideia central é conectar ao feminino, à manufatura, à própria ideia do fazer artístico com as feminilidades. Reprodução: Fernando Frazão/ Agência Brasil.

Nesta quinta-feira (22/08), o Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, inaugura a exposição gratuita “Handmade: Enredos Femininos”, que ficará aberta ao público até o dia 5 de outubro, de terça a sábado, das 12h às 19h, com classificação indicativa de 16 anos. A mostra reúne 90 artistas de todo o país.

“A ideia central é conectar ao feminino, à manufatura, à própria ideia do fazer artístico com as feminilidades. E a gente não entende feminilidades só com mulheres. É uma proposição inclusiva. Quem se identificasse com o seu feminino poderia participar”. A maior parte do grupo de artistas é formada por mulheres. Mas homens que tenham uma proposição de trabalho que fale sobre o feminino também participam. “Pode ser de maneira transgressora, pode falar de ancestralidade, de memória, de afetividade. Tudo que passa a ideia da arte contemporânea e que fale do feminino”, afirmou à Agência Brasil uma das curadoras da exposição, Cota Azevedo.

image 81 No Rio, artistas exploram manufatura têxtil e feminilidade em exposição
Exposição Handmade: enredos femininos, em cartaz no Centro Cultural dos Correios. Reprodução: Fernando Frazão/Agência Brasil.

A exposição coletiva celebra a manufatura têxtil, explorando o conceito do fio como condutor da linha e sua conexão com o feminino em suas transgressões e na formação de identidades. As obras questionam o status quo e abordam a memória feminina transmitida de geração em geração. O fio pode ser simbólico, representar uma linha temporal ou estar presente na própria manufatura, dando origem ao nome “Handmade: Enredos Femininos”. A exposição também inclui trabalhos que tratam do político e do feminismo, inserindo esses temas na identidade da arte contemporânea.

Muitos trabalhos traduzem a ideia do fio como elo afetivo e o simbolismo do fio condutor dentro de uma narrativa poética. “Há trabalhos que lidam com esse fio não exato, no sentido de costurar, de se dar a fazer ou se colocar a fazer. Isso está muito ligado à identidade do artista em sua raiz. Ele precisa das mãos, desse fio condutor que vai criar outro trabalho que vai dar a pensar”, comenta Cota.

Há também obras que não são imediatas ou evidentes. “O visitante vai chegar e tentar desvendar aquele trabalho dentro da sua simbologia, dentro do próprio valor do handmade (feito à mão)”, explica. As criações incluem esculturas, instalações, fotografias, pinturas e objetos que utilizam tramas e elementos têxteis como base.

Com curadoria de Cota Azevedo e Amanda Leite, a exposição é produzida pela PLURAL e tem o apoio da Cultura, Integração e Artes (CUIA). A ênfase na utilização do têxtil como meio artístico permite que os artistas explorem texturas, suportes e significados associados a esse material, dando ao público a oportunidade de vivenciar uma experiência sensorial.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp No Rio, artistas exploram manufatura têxtil e feminilidade em exposição
lapa dos mercadores 2024 No Rio, artistas exploram manufatura têxtil e feminilidade em exposição

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui