Recém-descoberto como um dos principais points das rodas de samba no Rio, o Morro do Pinto, no Santo Cristo, receberá ainda este mês painéis grafitados, parte do festival de arte urbana Rua Walls. Um dos destaques será um enorme mural na entrada do Morro, pela Rua Sara, na esquina de um prédio subutilizado, colado à Fábrica da Bhering e a poucos metros do Centro Cultural Capiberibe 27. Ao todo, 20 murais serão espalhados pelo Morro, desde a Bhering, na base, até áreas mais altas e movimentadas, como os bares do Molejão e do Omar.
O local tem se consolidado como um grande polo de entretenimento noturno no Rio, com diversas rodas de samba, jazz, charme e ocupações culturais em imóveis do bairro. Historicamente residencial, o Morro do Pinto — que não é uma favela, diga-se de passagem — se transforma especialmente às sextas, sábados e domingos, quando suas principais ruas são tomadas por cariocas e turistas em busca de diversão.
Um dos maiores e recentes sucessos da região é o Capiberibe 27, que também será agraciado com um mural. Localizado no pé do Morro, o espaço atrai uma enorme fila nos dias de evento, com destaque para as rodas de samba, que são as mais concorridas. Para controlar o acesso, são distribuídas pulserinhas colaborativas na entrada. Quem não chega cedo corre o risco de ficar de fora, já que o espaço abriga exposições, feirinhas, barracas de comida e bebida, além das apresentações culturais. Para quem não consegue acessar, o Bar do Omar e o Molejão, com entradas gratuitas, oferecem uma boa alternativa para não ficarem órfãos de um bom samba. A tendência é que o movimento cresça ainda mais, com a crescente oferta de lançamentos imobiliários do Santo Cristo.
Esses artistas que estão pintando, grafitando as fachadas, aproveitando os maquinários também podiam dar uma grande moral pintando a “Igreja Monte Serra?” no alto da comunidade. Não querendo abusar, somente pedindo para aproveitar as máquinas de altura. Acredito que toda comunidade ficará muito feliz