Uma porção exagerada de pastrami em um pão de centeio quentinho, daquele tipo que parece um abraço de avó de tão acolhedor, tem sua versão made in Rio em um cantinho bucólico no bairro das Laranjeiras. Um clássico das delis judaicas de Nova York, o sanduíche do Maya Café chama a atenção pelo molho, que faz toda a diferença no resultado da iguaria. E a fórmula tem dado certo. O charmoso café, localizado na Rua Professor Ortiz Monteiro tem ficado lotado de segunda a segunda.
“Tem duas versões, mas o Benedito é o carro-chefe. Criamos essa receita há 15 anos. São 480 gramas. Quem come, literalmente, se lambuza”, explica Ricardo Linck, sócio do estabelecimento e que recebeu recentemente o cheff Marcelo Neves, editor do Food&Beer e que fez o desafio do Pastrami: Nova Iorque x Rio.
“Disparado é o melhor sanduíche de Pastrami que ja comi”, chancela Marcelo.
Feita de carne bovina, especialmente o peito bovino, curado, defumado e depois cozido no vapor, a origem do sanduíche é imprecisa, situa-se no começo do século XX, quando as delis se popularizaram por Nova York, entre 1880 e 1920. Levada pelos judeus do Leste Europeu que imigraram para os Estados Unidos, o sanduíche se popularizou e hoje existe uma verdadeira guerra entre os restaurantes para ver quem faz o melhor. Pelo visto, o selo de excelência em sabor e tamanho ficou com o Maya, que vende por R$ 44,90 e que dá até para duas pessoas comerem de tão grande.
Mas a verdade é que não é somente o Pastrami que tem levado tanta gente à Laranjeiras, o cardápio do lugar é daquele tipo que o cliente tem vontade de provar de tudo. Para quem não curte carne, por exemplo, tem o Sanduíche Al Mare, que leva camadas de salmão defumado, cream cheese, alface crespa no pão baguete (R$ 29,90) ou no pão australiano (R$39,70).
Não deixe de tomar os sucos, que mais parecem uma bebida frozen em uma maneira diferente de preparar. O de uva (R$ 13,90) e a versão pink lemonade (R$ 13,90) é de querer repetir, repetir e repetir.
E para quem curte uma sobremesa e uma memória afetiva, o Maya Café tem uma torta que lembra os famosos bolos da saudosa Chaika, em Ipanema. A base de quindim, marshmallow e amêndoas, o doce (R$ 17,90) é viciante. Para os apreciadores de chocolate, eles oferecem o bolo UAU (R$ 19,90), com muita calda de chocolate, uma covardia para quem está de dieta e uma solução para quem está de TPM.
Para Ricardo o segredo do sucesso não está exatamente no Pastrami, mas no tratamento e experiência que os clientes recebem: “Acreditamos que as pessoas precisam ser bem acolhidas para atender bem. Cuidamos bem da nossa equipe e isso é sentido por todos. As pessoas querem carinho e uma pausa no dia a dia delas. O Maya é essa pausa.”
Serviço:
Maya Café
Rua Professor Ortiz Monteiro 15
Todos os dias das 11h às 22h
A prática da propaganda nos textos do Diário do Rio chegou a um ponto insuportável em que, ao se tentar abrir a notícia que nos interessa, os “flashes” comerciais vão se abrindo e se sobrepondo uns sobre os outros, colocando-nos diante do desafio de encontrar a forma de fechá-los para poder, finalmente, ler a notícia que queremos. Um exemplo clássico de como a ânsia pela monetização pelo acúmulo de anunciantes se sobrepõe ao senso comum na conquista pelo cliente, já que o enraivece e faz com que desista de frequentá-lo. E sem leitores, não há anunciante que, por sua vez, queira pagar o preço. Simplesmente estressante, desagradável e desrespeitoso sob todos os aspectos. Ainda que tudo o que diga respeito ao Rio me interessa, preciso tomar vergonha na cara e abandonar de uma vez por todas a ideia de ter como fonte o Diário do Rio.