O Projeto Reviver Centro talvez seja um dos queridinhos do prefeito Eduardo Paes (DEM), projeto que pretende ressignificar o Centro do Rio de Janeiro, hoje basicamente comercial, trazendo pessoas para morarem no bairro
Entre as propostas está dispensar os imóveis da necessidade de construção de novas vagas de garagem, podendo, inclusive, acabar com as já existentes. No eixo onde passa o VLT, por exemplo, elas serão proibidas. Outro ponto citado pelo plano é que a administração pública faça intervenções e garanta a manutenção de monumentos históricos na região. Isso englobaria, por exemplo, a retirada de pichações de bens privados, que hoje o município está impedido de realizar.
Além disso, outro ponto chave é adotar o IPTU progressivo para frear a especulação imobiliária. Com isso, a partir do 3º ano da lei em vigor, os donos de imóveis vazios ou subutilizados por tempo além do razoável passariam a pagar alíquotas cada vez maiores.
O plano urbanístico prevê benefícios fiscais aos donos de prédios históricos interessados em sua recuperação. Também pretendem revitalizar as lojas térreas dos prédios para dar vitalidade e movimento as ruas do Centro.
Outra ideia, inspirada em iniciativas de outros centros urbanos, é o uso coletivo das coberturas do Centro. O projeto se chamará telhados cariocas.
Também se quer mais áreas verdes na região central, nova iluminação, além da já citada recuperação de monumentos históricos e chafarizes, atualmente abandonados.
Finalmente, o objetivo é atrair o morador para o Centro do Rio, e de diferente perfis econômicos. O que inclui locação social para universitários, cotistas, servidores públicos e o plano moradia assistida para pessoas em vulnerabilidade social.
A Prefeitura do Rio publicou um vídeo explicando um pouco sobre o projeto:
O DIÁRIO DO RIO também publicou um Papo com Quintino em defesa do projeto
E o secretário de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, principal responsável em tocar o Projeto, já falou dele em outro vídeo da Prefeitura do Rio.
Só adora o VLT quem mora no Centro, zona portuára, que é o meu caso. Em vez de sair a pé todos os dias, virando o tornozelo de salto nas calçadas inclinadas, mal conservadas ou inexistentes de Santo Cristo, pego o VLT e salto no Terminal Padre Henrique Otte para o meu trabalho em Vila Isabel, quando antes andaria dez quarteirões para isso. Veículo limpo, velocidade agradável, com ar condicionado silencioso, transporte de primeiro mundo. Mudei para a região há pouco mais de três anos por causa desse modal. Se não fosse isso, minha casa de família permaneceria fechada como estava há vinte anos. Passar atrás da Central do Brasil para pegar ônibus na Av. Pres. Vargas, em meio à imundice e cracudos, nem pensar!
Libera o cassino.
Como toda grande mudança, é inevitável que haja oposição e até mesmo estranhamento. Mas recomendo quem está criticando o projeto a dar uma pesquisada no que já foi feito em grandes centros urbanos da Europa no que se refere a ocupação e urbanismo. Já está na hora do centro valorizar o pedestre, o transporte público e ter um foco para moradia além do uso comercial. Gostamos de viajar e conhecer outros lugares, por que não copiar os bons exemplos? Com todas as críticas que eu tenho ao prefeito, ele se mostra mais capaz e motivado para resolver isso do que o anterior que só tinha olhos para a Barra.
Desculpe quem defende o VLT… Mas eu moro no subúrbio e trabalho no Centro à 25 anos. Prefiro a época onde eu pegava um ônibus em qualquer lugar do Rio e ficava na Cinelandia, Praça XV e outros locais.
Até mesmo para fazer uma crítica meramente ideológica é preciso entender um pouco do que se fala, a menos que o radicalismo o cegue para a verdade dos fatos.
Mais uma forma de roubar dinheiro público, olha Avenida Brasil, aquela porcaria de VLT que leva o nada para lugar nenhum! Porque simplesmente não autotiza os donos dos edifícios de fazerem o que bem entenderem com ele? Ao invés disso, tem que injetar dinheiro do contribuinte para pagar o prejuízo dos donos de edifícios, como a São Carlos (empresa do grupo Ambev, que possui 16 edifícios no centro), ou B2W… nós que vamos pagar? Pq não baixa o IPTU? Tudo pelo $$$$$$$$… destruiram o centro do Rio para desviar dinheiro… quero mais que vire uma cidade fantasma para acabar com esses políticos sangue sugas e o carioca tomar vergonha na cara!!!
Você mora no Rio? Pelo que você escreveu dá a entender que não. Então a primeira coisa a saber é que o VLT não foi projetado para ser um transporte de massa igual aos outros, mas para cobrir o centro da cidade interligando todos os outros modais da cidade. Em alguma parada você terá qualquer outro transporte que precisar para chegar a qualquer ponto da cidade, como mostra o mapa que infelizmente não achei como postar aqui. Ele hoje interliga 10 modais: 1. ônibus rodoviário (estação Rodoviária), 2.teleférico (estação Providência), 3. BRS (estação Central), 4.Trens urbanos (estação Central), 5. Metrô (estações Central, Carioca e Cinelância), 6.Navios de Cruzeiro (estação Parada dos Navios), 7.Barcas (estação Praça XV), 9.Bonde de Santa Teresa (estação Carioca) e aviões (estação Santos Dumont). E agora vai interligar também o último que falta, o BRT (estação Av. Brasil, a ser construída), Como pode ver. O VLT é uma mão na roda pra qualquer pessoa que chegue ao centro de qualquer lugar do Rio, como ainda facilitou muito a vida de que circulava no coração da cidade, e que tinha que fazer todos os percursos a pé. Poucas vezes vi um transporte tão versátil e confortável no Rio nos últimos 50 anos como o VLT, e aí estão todas as razões. Abs.
Parabéns por explicar de forma correta e ter visão, Luiz Roberto.
Gostaria de saber como o governo pretende levar este progeto avante com um número absurdo de moradores de rua mendigando que espanta turista e como lidar com a ganância comercial de valorização absurda do preço dos imóveis?