O Rio de Janeiro vive uma Guerra Civil

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Temos de ter de coragem falar com todas as letras, o Rio de Janeiro vive uma verdadeira Guerra Civil. Se não podemos mais ter certeza que chegaremos em casa depois de trabalho sem ser alvejado por um tiro, ou se uma criança não será morta enquanto está na escola, não é mais situação de uma cidade violenta, e sim de um cidade sitiada.

Os assaltos no Rio não são mais feitos com uma pistola, agora são fuzis. E eles não são casos esporádicos, é quase certo que uma vez por mês alguma pessoa próxima passará por um momento ligado a violência. Seja um roubo, voltar na contramão em uma grande via ou ter de se esconder em um tiroteio.

A rotina do carioca agora obriga a ler sites locais antes de sair de casa para saber se no caminho tem um tiroteio, um arrastão. É normal ver cada vez mais conhecidos se mudando para Portugal, Canadá, Minas, Bahia, qualquer lugar onde se pode ter uma mínima paz.

Enquanto isso, policiais são mortos com mais frequência que soldados em campos de batalha. Ter carro blindado para alguns é caso de urgência. O ponto é tal que o prefeito da cidade do Rio decidiu que o melhor a fazer é blindar o muro das escolas.

O carioca e o turista são obrigados a desconfiar do Waze, porque ele pode te mandar para uma boca. Basta virar a direita no lugar errado. Pode ser em Campo Grande, Tijuca, Jacarepaguá, Santa Tereza ou Ipanema, ali do lado uma aparente calma, pode existir um grupo armado que não pensaria duas vezes em te matar.

A guerra civil carioca não tem um objetivo, talvez se tivesse poderíamos torcer para um fim. É apenas uma luta eterna entre o carioca honesto que viverá com medo e os criminosos que sabem que a impunidade é seu escudo.

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