Onda das candidaturas coletivas toma conta das eleições de 2020

Apesar de parecer novo, essa modalidade de disputar eleição e exercer cargos eletivos não é uma grande novidade

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Estranhamento, curiosidade, fascinação, entre outros sentimentos surgem quando as pessoas ouvem falar em candidaturas coletivas. Apesar de parecer novo, essa modalidade de disputar eleição e exercer cargos eletivos não é uma grande novidade.

Neste ano de 2020, as eleições na cidade do Rio de Janeiro têm algumas candidaturas coletivas disputando uma cadeira na Câmara dos Vereadores.

No cenário internacional, são exemplos o Demoex (Suécia, 2002-2013) e o Partido Pirata (em mais de 30 países, desde 2006). Em meio às eleições municipais 2020, elas surgem de grupos que pretendem transformar a política pensando na coletividade.

Apesar de não serem reconhecidas formalmente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TRE) – apenas um membro pode ter o nome registrado -, as candidaturas coletivas ganharam espaço nas urnas. Nela, as responsabilidades, obrigações, decisões e, até mesmo salário, são divididos com um grupo de pessoas.

Uma outra questão é o estranhamento que algumas pessoas têm diante de tais candidaturas. No entanto, segundo as próprias, com um pouco de explicação, os eleitores, no geral, entendem como funciona.

O DIÁRIO DO RIO entrevistou duas candidaturas coletivas do Rio de Janeiro. A Liga, do PSB, e Candidatura DELAS, do PCdoB. Ambas falaram sobre esse assunto:

A Liga
Candidatura DELAS, PCdoB

Um outro exemplo é a candidatura Bem Viver, a primeira candidatura coletiva negra, ecossocialista, LGBTQI e educadora da esquerda da cidade. Constituída pelos co-candidatos Mariana Reis, Júlio Holanda, Silvia Baptista e Pedro Mara, filiados ao PSOL, o grupo pretende reivindicar pautas sociais na Câmara de Vereadores da cidade.

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Candidatura Bem Viver

“Somos 4 pessoas pretas. A gente reivindica a educação anti-racista, a democratização da escola pública, gestão democrática, gênero e sexualidade, além de outros pontos relacionados. Também lutamos por pautas socioambientais: agroecologia familiar, alimentação saudável da população e etc.”, relata Mariana Reis.

Em 2018, dois mandatos coletivos, ambos do PSOL, foram eleitos para assembleias legislativas. Um em São Paulo, com nove pessoas; e outro em Pernambuco, composto por cinco mulheres. Pelo jeito, a onda veio para ficar.

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