Operação contra quadrilha que vende celulares roubados na Uruguaiana prende 2

Incursão da Polícia Civil é uma rara tentativa de reprimir os crimes praticados por comerciantes informais na região do Centro da Cidade. A rua Uruguaiana, porém, segue tomada de mercadoria falsificada e de procedência duvidosa, sem ação alguma das autoridades

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Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

O Centro do Rio de Janeiro segue lutando contra a camelotagem clandestina que toma suas ruas. Diariamente, os freqüentadores da região se deparam com muitos vendedores de mercadorias falsificadas, roubadas e contrabandeadas à luz do dia. Ruas como a Sete de Setembro e a Uruguaiana são tomadas destes criminosos vendendo ítens claramente contrafeitos, com logomarcas conhecidas de empresas como Lacoste, Nike, Louis Vuitton e várias outras. Mas não é só na rua que os crimes acontecem.

A Polícia Civil conduziu uma operação na terça-feira (24), com o objetivo de combater um grupo que vem se especializando em desbloquear e comercializar telefones celulares roubados no Mercado Popular da Uruguaiana, o chamado “camelódromo”. Durante a ação, dois indivíduos acusados de receptação foram detidos em flagrante na cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC).

Após um minucioso trabalho de investigação e monitoramento, os policiais identificaram que um telefone roubado de uma vítima no bairro da Glória, no centro do Rio, estava em posse de membros de um grupo criminoso em São João de Meriti. As autoridades se dirigiram ao local e encontraram os dois indivíduos, que estavam na posse de mais telefones roubados.

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De acordo com informações fornecidas pela DRFC, a dupla admitiu adquirir os dispositivos, que tinham um valor de mercado de até R$ 10 mil, desbloqueá-los e vendê-los posteriormente no Mercado Popular da Uruguaiana. Ambos serão responsabilizados pelo crime de receptação qualificada. As investigações continuam em andamento, com o intuito de identificar e capturar os autores do roubo, bem como outros envolvidos no grupo criminoso.

A Uruguaiana se tornou um verdadeiro mercado ilegal a céu aberto, em que se torna quase impossível cruzar a rua, pois sequer há espaço para caminhar de uma margem à outra do logradouro. A nova moda é estender uma imensa tenda improvisada e transformar o espaço público do canteiro central da avenida num grande e escaldante ‘souk‘ (espécie de shopping caótico e desorganizado a céu aberto existente em países islâmicos), onde a mercadoria falsificada fica estendida a poucos metros do comércio formal,, enquanto as lojas formais da rua acabam ficando fechadas, com placas de aluga-se. Placas como “compro ouro” viraram padrão, e não se sabe de qualquer ação da polícia contra os que diariamente vendem mercadoria falsificada em plena rua, à luz do dia.

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