Operação no RJ contra quadrilha que vendia anabolizantes com repelentes de insetos prende quinze pessoas

Ação da Polícia Civil cumpre mandados de prisão, bloqueia R$ 82 milhões e apreende 1.150 frascos de substâncias ilegais

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Operação contra anabolizantes ilegais prende quinze e bloqueia R$ 82 milhões. Foto: Reprodução/Polícia Civil

Uma operação busca desarticular uma grande quadrilha de anabolizantes clandestinos que atua em todo o Brasil, na manhã desta terça-feira (14). Ao todo, são cumpridos 15 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão em diversos endereços na cidade do Rio de Janeiro, em Niterói, São Gonçalo e Maricá. Uma das ordens de busca é cumprida no Distrito Federal.

A Operação Kairós é realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do RJ.

Segundo o Ministério Público, as empresas Next Pharmaceutic, Thunder e Plus Suplementos fazem parte do conglomerado envolvido na venda de anabolizantes. A quadrilha é apontada como uma das maiores do país. Até o momento, 14 pessoas foram presas e um dos alvos está foragido.

A ação desta terça é resultado de uma investigação que foi iniciada em julho de 2024. Após uma parceria com os Correios, a polícia identificou grandes remessas de anabolizantes enviadas diariamente para diversas estados do país.

A polícia afirma que as substâncias eram fabricadas clandestinamente e sem fiscalização das autoridades sanitárias. Elas ainda continham, nas fórmulas, substâncias tóxicas e nocivas para seres humanos, como repelentes de insetos.

Foi identificada uma movimentação de R$ 80 milhões nas contas bancárias de alguns dos investigados. Desde julho, a polícia apreendeu mais de 2 mil substâncias ilícitas que seriam remetidas, gerando um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao grupo criminoso.

Ao todo, o GAECO denunciou 23 pessoas pelos crimes de associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais e crimes contra as relações de consumo. Os denunciados comercializavam as substâncias para clientes de 26 estados brasileiros.

Os promotores do GAECO afirmam que os suspeitos vendiam e distribuíam produtos sem registro no órgão de vigilância sanitária competente, de procedência desconhecida e adquiridos de empresas sem autorização das autoridades sanitárias.

Os anabolizantes eram promovidos e comercializados em sites e redes sociais e sem informações sobre os riscos à saúde. A quadrilha também patrocinava grandes eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, além de remunerar influenciadores digitais para alavancar as vendas.

As investigações continuam para identificar revendedores, influenciadores e atletas patrocinados para multiplicar as vendas do grupo criminoso. Eles chegavam a receber mais de R$ 10 mil por mês para promover a marca.

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