A SouthRock, dona da Starbucks, da Subway e do Eataly no Brasil, entrou com o pedido de recuperação judicial, nesta terça-feira (31), junto à 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo. A crise econômica no Brasil gerada pela pandemia, a alta inflacionária e a elevada de taxa de juros teriam motivado a ação, segundo a companhia. Assinaram o documento, os advogados: Joel Luís Thomaz Bastos, Ivo Waizberg, Lucas Rodrigues do Carmo, Patricia Fernandes da Silva e Karen Martins Pires.
No pedido de recuperação judicial, a empresa destacou que tem dívidas de R$ 1,8 bilhão geradas pelas quedas de 90% em suas vendas, em 2020; 70%, em 2021, e 30%, durante 2022. A empresa também relatou dificuldades na obtenção de crédito para capital de giro, além da elevação dos preços dos insumos para o setor de varejo.
Dificuldades na manutenção de lojas físicas em funcionamento no período pandêmico também foram relatadas pelo SouthRock, que também mencionou o “baixo grau de confiança e alta instabilidade” da economia brasileira, com a sua acentuada taxa de juros aliada às variações cambiais que instabilizaram o mercado, prejudicando o desempenho dos empreendedores nacionais.
“Como se sabe, a economia brasileira tem se caracterizado por seu baixo grau de confiança e alta instabilidade, bem assim como pela volatilidade das taxas de juros e constantes variações cambiais que desequilibram o mercado e atingem fortemente o empreendedor brasileiro. Além desse constante cenário de insegurança, some-se também a consequência da recessão econômico-financeira dos últimos anos, bem como o calamitoso período de pandemia da COVID-19. Durante o ano de 2020 o Grupo SouthRock observou uma queda de aproximadamente 95% (noventa e cinco por cento) nas vendas além de ter suportado grande inadimplência por parte de seus parceiros comerciais”, justificou a empresa em seu pedido de Recuperação Judicial.
A companhia informou que, em meados de outubro, contratou a consultoria Galeazzi & Associados para organizar sua reestruturação e, assim, “proteger financeiramente suas operações no Brasil atrelado a decisões estratégicas para ajustar seu modelo de negócio à atual realidade econômica”, conforme reportou a Infomoney.
De acordo com a SouthRock os ajustes necessários incluem o realimento do número de lojas em funcionamento, a revisão do cronograma de abertura de novas unidades, reconfiguração da sua relação com fornecedores, stakeholders e força de trabalho. Todas as medidas, segundo a companhia teriam como finalidade dar continuidade às operações no Brasil, já que, a companhia tem “confiança de que a crise de liquidez enfrentada é passageira, decorrente exclusivamente do atual contexto acima delineado, ocasionado pelo momento atípico de conjugação de fatores perniciosos, que não deve afetar de modo definitivo a solidez das atividades desenvolvidas”, destacou no documento.
A empresou destacou ainda que, apesar da restruturação, as marcas sob o seu controle continuarão atuando normalmente, até que o cenário econômico se torne mais favorável. A Recuperação Judicial, assim, visaria “proteger o seu interesse privado, mas também, e principalmente, para garantir a continuidade de sua atividade empresarial e, por conseguinte, manter os postos de trabalho, a produção de bens, a geração de riquezas e o recolhimento de tributos”.
Brazil Airport Restaurants (BAR)
Com sede em São Paulo, a SouthRock foi criada em 2015 como uma empresa de private equity. No Brasil, a companhia é controladora de marcas como Starbucks, que tem 180 unidades; da Subway, que conta com 1600 unidades de negócios; e do Eataly, com seis restaurantes.
Em 2017, a Brazil Airport Restaurants (BAR), que é operadora multimarcas da SouthRock, inaugurou suas primeiras lojas de aeroporto. O Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU), em São Paulo, foi o primeiro terminal a ganhar uma unidade comercial da BAR. Atualmente, a marca conta com 25 unidades comerciais distribuídas em vários aeroportos brasileiros, inclusive no Rio de Janeiro.
A restruturação da SouthRock já teve início, com a assessoria de consultores externos e stakeholders. O pedido de Recuperação Judicial de algumas de suas marcas foi mais uma etapa nesse processo.
Com informações: Exame e Infomoney.
Tem muitas novas redes abrindo.
Essa está falindo porque é ruim mesmo…
Entretanto, seus donos estão falidos também? Ou estão 1,8 bilhão de reais mais ricos hoje do que eram 5 anos atrás? As empresas quebram…e os donos? O que você acha?
Que desculpa esfarrapada!
A verdade é que muitos descobriram que o café deles é ruim mesmo…
Eu mesmo estou entre esses…
No muitos clubes do café a gente descobre café de verdade.
E não essa coisa horrível e queimada.
Parafraseando o genial Chico Buarque:
“Não sou eu quem repete essa história,
É a história que adora uma repetição.”