O prefeito Marcelo Crivella tem o hábito de sempre culpar a falta de dinheiro pelos erros de sua gestão. Choveu e a cidade virou o caos? É falta de dinheiro. A saúde está péssima? É falta de dinheiro. As escolas caem aos pedaços? É falta de dinheiro. O prefeito disse uma bobagem? Deve ser falta de dinheiro também…
Nesse cenário passei a me perguntar: para onde vai afinal o dinheiro da Prefeitura? Com tantos cortes de gastos e redução de investimentos, com tanta piora dos serviços públicos, não deu pra reduzir as despesas? Com tanto aumento de impostos, não deu pra aumentar as receitas? Será que continua não havendo dinheiro no cofre? Ou seria uma desculpa do prefeito para justificar seus erros?
Recentemente o vereador Paulo Messina, que até pouco tempo atrás era chefe da Casa Civil de Crivella, criticou o uso político dos recursos municipais nos últimos meses e afirmou que se essa irresponsabilidade continuar os servidores podem ficar sem salário. Mas se não havia dinheiro, como ele surgiu para esse uso político que foi denunciado? Na hora que Crivella tenta se livrar de um processo de impeachment o dinheiro aparece?
Pelo visto é possível que Crivella tenha recursos guardados para usar no último ano de governo, tentando aumentar suas já pequenas chances de reeleição ao investir nos bairros e fazer obras. Surgindo o risco real de impeachment, o prefeito pode ter resolvido gastar um pouco desse montante que guardou para buscar se salvar.
Enquanto isso, os garis ameaçam entrar em greve pois a Prefeitura alega não ter recursos para oferecer um aumento salarial pelo menos próximo do que eles solicitam. Ao mesmo tempo, a conservação da cidade e a prevenção de enchentes sofrem com investimentos insuficientes.
No fim das contas, segue a dúvida: para onde está indo então o dinheiro dos nossos impostos? Para poupança eleitoral de Crivella? Para tentativa de fugir do impeachment? Para o desperdício gerado pela incompetência da gestão? Ou para onde nunca deveria ir?
QUE TAL PERGUNTAR PARA O BISPO??