O STF decidiu que não deveria haver mais operações policiais nas favelas cariocas, a não ser em casos extraordinários, inicialmente durante a pandemia. Depois impôs mais mudanças, restringindo o uso de helicópteros entre outros pontos.
Como diria o sábio Garrincha, faltou combinar com os russos, no caso os criminosos. E houve confrontos entre facções de criminosos, afinal, eles não devem se importar muito com o que os ministro do STF decidiram e continuaram suas operações, inclusive de tomada de áreas das gangues rivais.
Em suas redes sociais o governador Wilson Witzel (PSC) culpa diretamente o STF por esta explosão na guerra entre os criminosos.
“A segurança pública é nossa prioridade, mas, por determinação judicial, a atuação das polícias está limitada no RJ”, escreveu o governador. Que continuou: “A impossibilidade da presença permanente da força policial no interior das comunidades deixa parcela da sociedade do Rio de Janeiro refém do controle pelos narcoterroristas que fazem das áreas de domínio nas comunidades seus grandes bunkers e expandem livremente sua atuação”.
E continuou “Embora a polícia enfrente limitações para intervir em confrontos no interior das comunidades, esses bravos homens e mulheres estão na linha de frente para minimizar as consequências de uma guerra entre narcotraficantes que desde ontem aterroriza moradores da região central do Rio”.
Como sempre, os juízes decidem sem conhecer a realidade e se metem no que cabe ao Poder Executivo. Wilson Witzel foi eleito pela pauta da segurança pública e, se ele fez algo bem, foi exatamente nessa área. Em quanto tempo vamos ter de esperar para que as favelas voltem a ser verdadeiros quartéis para narcoterroristas para que o STF veja a besteira que fez?
Se alguém leu as decisões do STF e tem o mínimo de estudo, sabendo interpretação de texto, compreenderá que o Tribunal não proibiu nada, mas colocou de forma clara o que deve se esperar, segundo as leis e tratados que o Brasil assinou, isto é, a proteção da vida de todos e a realização da ação policial com o mínimo de inteligência, segundo a razoabilidade e dentro da proporcionalidade diante dos bens jurídicos envolvidos – Há tempos uma decisão como essa era esperada!
Mas talvez o pensamento e a forma como encara as coisa, o atual governador, ex-juiz federal e ex-professor universitário (odiado pelos alunos), esteja no seu passado como fuzileiro naval. Saem doidinhos… Tinha essa gente que ser proibida de virar político ou ocupar qualquer posto público!