De todos os lugares no Rio que marcaram a minha história, a Ilha de Paquetá tem um espaço especial no meu coração. Destino da maioria dos feriados, finais de semana e férias em família, guardo boas lembranças de momentos da minha infância.
Meus avós maternos compraram uma casa na ilha, para onde se mudariam, mas infelizmente meu avô veio a falecer e minha avó não chegou a mudar sozinha. Foi um momento difícil, mas que uniu ainda mais a nossa família. A casa da minha avó se tornou nosso ponto de encontro. Feriados, finais de semana, fazendo chuva ou sol, estávamos todos reunidos. Lembro de um período em que meu pai alugou uma
casa na mesma rua da casa da minha avó por um ano inteiro, porque eram tantas pessoas que não cabiam todos em uma casa só!
Quando chegava o dia de ir para Paquetá, era uma animação só e as brincadeiras eram a melhor parte! Por não ter carros na ilha eu ficava solto na rua, jogávamos taco, bolinha de gude, pique-esconde. Era muito divertido. A casa da minha avó era próxima à Praia dos Coqueiros, então também íamos muito à praia.
O carnaval de rua era um ponto forte. Lembro bem do Bloco dos Coqueiros, que mesmo com chuva não perdia a animação. Além do baile do Iate, onde brincávamos muito, jogando serpentina, confete e tudo mais.
Quem vai à Ilha de Paquetá não pode deixar de experimentar as delícias da Padaria do Manduca, que estava lá antes de mim e até hoje está lá. O lanche no Manduca com certeza era parada obrigatória na minha infância. São tantas lembranças!
Com a volta das atividades que foram interrompidas pela pandemia, precisamos nos voltar para o Rio de Janeiro como um todo e impulsionar o crescimento de todas as regiões e de todos os cidadãos. Temos uma vocação muito forte para o turismo e há
no Rio de Janeiro lugares muito especiais, que precisam ser divulgados, resgatados e melhorados.
Minhas visitas com o projeto Ganime na Estrada e as conversas com a população têm deixado isso cada vez mais evidente. Costumamos focar no que é mostrado na televisão e esquecemos de olhar para as belezas e histórias que o Rio de Janeiro tem para mostrar e isso tem que mudar. Valorizar nosso estado é valorizar nossa gente, nossas histórias, nossa força e nossas riquezas.
Uma pena que Paquetá está abandonada, um lugar que merecia uma atenção especial está do jeito que está ,devido a má administração do Rio de Janeiro , muito triste.