As pesquisas eleitorais para presidente realizadas nos últimos meses mostram o favoritismo de dois candidatos, representantes da polarização da política brasileira com a possibilidade de vitória de um deles ainda no primeiro turno. Essas sondagens dos institutos de opinião acabam incutindo na cabeça de alguns brasileiros, da classe política e da mídia uma falsa certeza de que a eleição presidencial está definida e de que a polarização é fato consumado. Esquecem, no entanto, que eleição só se ganha com voto registrado na urna eletrônica. Diferente do campeonato brasileiro de futebol, em que os times vão pontuando ao longo da competição e se tornando campeão aquele que tiver somado mais pontos na última rodada, em uma eleição o jogo fica aberto até o dia da votação.
Não é de hoje que as pesquisas de intenção de voto e os resultados das eleições apresentam grandes divergências, principalmente as realizadas durante as pré-campanhas. Veja o caso do pleito de 2018, que mostrava a ex-senadora Marina Silva (Rede) na frente um ano antes das eleições, mas terminou em 8º lugar. Já Fernando Haddad, que substituiu o ex-presidente Lula, condenado na Lava Jato, pontuava 3% e acabou disputando o 2º turno com Jair Bolsonaro. Aqui, no Rio, na disputa para governador, Wilson Witzel – cassado posteriormente – teve uma ascensão surpreendente no final do 1º turno e venceu a eleição.
A verdade é que existe um longo caminho a ser percorrido por partidos políticos e candidatos até o dia 2 de outubro, data do 1º turno. Antes, porém, ocorrem as convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto, como determina a Justiça Eleitoral, que vão sacramentar os nomes daqueles que disputarão as eleições gerais. E até lá o tabuleiro político pode e deve sofrer alterações, seja pelo surgimento de eventos inesperados ou por alianças políticas e impedimentos eleitorais. Não faltam motivos que possam impactar positiva ou negativamente a opinião dos eleitores.
É importante ter consciência de que as pesquisas de intenção de voto só retratam a opinião dos brasileiros naquele momento. Não são prognósticos do resultado das urnas. E, segundo especialistas, é muito comum os candidatos mais conhecidos saírem na frente nas intenções de voto, enquanto os menos conhecidos têm mais potencial de crescimento a partir do início da campanha de fato, que este ano será no dia 16 de agosto. Ou seja, ninguém deve sofrer por antecipação.
Os cidadãos não devem se deixar levar por análises precipitadas para escolher seus candidatos. Infelizmente, alguns eleitores preferem se basear nos dados das pesquisas para votar, estrategicamente, num candidato, que não necessariamente seja o seu preferido, para impedir a vitória de outro. Ou ainda escolhem anular o voto pensando que farão alguma diferença no pleito.
A classe política, a mídia e os segmentos econômicos do país têm um papel ainda mais importante neste momento. Uma possível interpretação equivocada de que o jogo já está jogado pode levar à confirmação desse péssimo cenário para o país que, entretanto, ainda é possível ser revertido. O nível de interesse da população nas eleições ainda é muito baixo. Nos últimos 12 meses, tive a oportunidade de percorrer 85 dos 92 municípios fluminenses. Nessa andança pelo estado tenho a oportunidade de conversar com muita gente e ver que a polarização não é tão dominante como vemos nas bolhas das redes sociais.
E o que é possível fazer? Com certeza, tudo. Pois cada voto faz a diferença. É preciso conhecer os candidatos, suas trajetórias profissionais e/ou políticas, suas propostas e se são “ficha-limpa” a fim de escolher aquele que melhor possa representá-lo e não legislar em causa própria. É preciso se informar para evitar acreditar nas promessas mirabolantes de políticos que não são capazes de resolver os inúmeros problemas do país.
Precisamos debater ideias, soluções para o país, como melhorar a vida dos brasileiros. Precisamos saber como os candidatos pensam sobre temas estruturantes, as verdadeiras pautas que irão nos levar do país que somos para o Brasil que queremos.
Mais do que um ato de cidadania, votar significa o direito de escolher aquele que vai defender e representar os interesses de todos os brasileiros. Votar é o maior poder oferecido ao cidadão para uma transformação política. E, para o resultado valer a pena, só depende de cada um de nós!
É isso aí Ganine. Estamos juntos pelo Brasil que queremos. Justiça e desenvolvimento social, valorização e qualificação dos professores e salários dignos, investimento em educação para crianças, adolescentes e adultos ,em creches , escolas, escolas técnicas e faculdades . Investimento em saúde e profissionais bem qualificados , postos de saúde e hospitais e clínicas públicas
Sem privilégios, sem foro privilegiado, sem fundo partidário, sem auxílios moradia e tantos outros vergonhosos, sem carros oficiais , sem moradias oficiais. Em suma o Brasil de todos os brasileiros onde mandatários e cidadãos sejam parceiros cada um seja consciente de seus direitos e deveres.