Pedro Paulo, candidato a prefeito de Eduardo Paes, teria batido em ex-esposa

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Pedro Paulo

A situação pode ficar ruim para a candidatura de Pedro Paulo (PMDB) a prefeito do Rio em 2016. Foi descoberto pela Veja que o secretário e melhor amigo de Eduardo Paes (PMDB) teria agredido em agosto de 2010 sua então esposa Alexandra Marcondes Teixeira.

Hoje Alexandra que mora em São Paulo diz ter inventado tudo, de acordo com ela questões emocionais de momento, teriam resultado em “declarações inverídicas”, mas há um um inquérito amparado por laudo do IML e testemunho de uma babá e relatos da própria mulher. No relato o pré-candidato do PMDB a teria agredido a socos e pontapés, logo depois o casal se separou.

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A briga teria sido resultado do pedido de divórcio que Alexandra fez após ter descoberto indícios de traição de Pedro Paulo ao chegar em casa, cabelos longos no ralo do banheiro, duas taças de vinho — uma delas com marca de batom — e um sutiã que não era dela debaixo da mesa da cozinha. Alexandra teria ainda confirmado a traição depois de conferir imagens do circuito interno do condomínio.

No relato à polícia, Alexandra conta que voltara “de surpresa” de uma viagem ao interior paulista para o apartamento onde vivia com Pedro Paulo. Sabia que ele não estava – tinha ido a Brasília com o chefe Paes. Ao chegar no local, um dúplex de frente para o mar da Barra da Tijuca, deu de cara com indícios de traição cometida na sua ausência: encontrou cabelos longos no ralo do chuveiro, duas taças de vinho — uma delas com marca de batom — e um sutiã que não era seu debaixo da mesa da cozinha. Alexandra contou que requisitou as imagens do circuito interno do condomínio e confirmou datas e horários de entrada e saída da misteriosa visitante.

No inquérito Alexandra conta que Pedro Paulo a empurrou com força. Caída no chão, foi chutada várias vezes, recebeu um soco no olho esquerdo e um golpe na boca que lhe quebrou um dente. Por fim Pedro Paulo teria tentado sufocá-la. A babá, Ana Paula Bernardes, chegou com a filha do casal, então com cinco anos, já no fim do embate. Alexandra pegou as duas e dirigiu-se à delegacia da Barra da Tijuca para registrar a ocorrência. De lá, foi encaminhada para exame de corpo delito no IML, que confirmou as agressões. Pedro Paulo também foi ao IML e seu exame apontou marcas avermelhadas e unhadas. Alexandra chegou a formalizar um pedido para que o já ex-marido não pudesse chegar a menos de 500 metros dela. Foi indeferido. Em 2 de setembro de 2010, sete meses depois, Alexandra prestou novo depoimento à polícia e repetiu a denúncia, acrescentando ainda que joias e um relógio suíço haviam desaparecido da casa. A VEJA, a babá confirmou a briga e os ferimentos de Alexandra.

O mais interessante é que o inquérito número 429 foi aberto em 11 de fevereiro de 2010, seis dias depois do desentendimento, para investigar o caso, está andando devagar, muito devagar, apesar do que dispõe a lei Maria da Penha, que projetos de violência a mulher precisam de celeridade. Nestes cinco anos Polícia Civil e Ministério Público vêm praticando um jogo de empurra-empurra em que nem cumprem diligências, nem ouvem testemunhas e acusado. E olha só, o secretário aparece como Pedro Teixeira, seu último sobrenome, que não usa na vida pública, provavelmente para não chamar a atenção da imprensa. O chefe da Polícia Civil, Fernando Velloso, reconheceu a VEJA a demora no trâmite e pediu que a corregedoria da polícia apurasse o motivo. Paralelamente, a delegada responsável, Viviane Costa, decidiu enviar na semana passada a investigação à justiça federal, uma vez que Pedro Paulo tem foro privilegiado.

Ah, e sabe quando a ex-esposa de Pedro Paulo disse ser mentira? Na sexta, em uma declaração assinada no cartório… estranho, bem estranho.

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