O secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo Teixeira, fará um reunião neste sábado (2) para traçar as estratégias para o pagamento do funcionalismo público municipal. Um dos desafios da nova administração é o pagamento dos servidores até o quinto dia útil, em virtude das condições precárias dos cofres da prefeitura do Rio.
A Secretaria da Fazenda anunciou um pacote de medidas para tentar recompor a contabilidade do Rio, reduzir o déficit fiscal e criar condições para a retomada de investimentos da cidade.
Foram publicados no Diário Oficial do Rio de Janeiro 44 decretos contendo medidas emergenciais com o objetivo de tentar reverter a crise econômica enfrentada pela cidade e, dessa forma, criar as condições para atrair novos investimentos, e assim começar soerguer a economia da cidade, também abalada pela crise sanitária de Covid-19
De acordo com as prioridades apresentadas pela Secretaria de Fazenda, a racionalização da qualidade do gasto público municipal, a revisão de contratos em vigor, a realização de auditorias de pagamentos e dívidas, bem como avaliação do custo com despesas não obrigatórias da Prefeitura são medidas emergenciais sem as quais a economia do Rio de Janeiro não pode avançar.
13º dos servidores
Outra preocupação do secretário Pedro Paulo é pagamento do 13º salário dos servidores, que, segundo ele, pode ser parcelado, uma vez que a Prefeitura terá de enfrentar um conta amarga em termos de déficit fiscal de aproximadamente R$ 10 bilhões. Até agora 46 mil servidores que recebem até R$ 4 mil receberam a gratificação.
Comlumb: despesas ainda não contabilizadas
O secretário municipal lembrou ainda que há outras despesas que ainda não entraram no atual orçamento, como os contratos com a Comlurb que não foram revistos. Em conversa com o novo presidente da instituição, Flávio Augusto da Silva Lopes, foi visto que os gastos projetos para o segmento de limpeza urbana são gigantescos.
Segundo Pedro Paulo: “Dois dos principais contratos; do aterro de Seropédica, que acabou de ter em setembro um reequilíbrio do seu contrato, implicando um aumento de R$ 100 milhões para o ano que vem; e os contratos dos caminhões também tiveram um reequilíbrio de R$ 100 milhões, somados R$ 200 milhões para o ano que vem, e que não estão no orçamento da Comlurb, [perfazem] um volume enorme de despesas que não entraram no orçamento, mais contratos que não foram revistos. Então, por isso digo, que o desafio fiscal dá ordem de R$ 10 bilhões“, alertou o secretário.