O surto pandêmico de Covid-19 que se abateu sobre o mundo, em 2020, provocou inicialmente mudanças drásticas em vários setores da vida social, em especial no emprego, que encontrou no trabalho remoto uma das soluções possíveis para aquele momento. Muitas empresas chegaram a acreditar, no entanto, que o desmonte dos seus escritórios seria uma tendência irreversível; mas não é o que mostram as estatísticas.
A pandemia recrudesceu, e o mercado de trabalho se reestruturou diante das mudanças anteriores. A pesquisa “Tendências do home office no Brasil” realizada pela Fundação Getúlio Vargas e divulgada no início de março, mostrou como empresas, funcionários e colaboradores estão vendo o cenário pós-pandêmico e como tem ocorrido, de forma rápida, a volta ao trabalho presencial.
Nas grandes capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, escritórios, ruas, restaurantes, bares e congêneres têm registrado um aumento crescente na presença de trabalhadores presenciais. A volta dos engarrafamentos na ida e na volta do trabalho são uma demonstração de que aquilo que chegou a ser considerado por alguns uma tendência irreversível – o trabalho remoto – está sofrendo um recuo considerável, apesar de ainda ser tomado por parte do mercado – principalmente os empregados – como uma solução possível a ser adotada em determinados segmentos produtivos.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, em 2021, 57,5% das empresas chegaram a adotar o home office de forma parcial ou total, incluindo as que já o praticavam antes da pandemia. Mas, de acordo com o estudo, em outubro de 2022, a tendência em adotar tal modalidade de trabalho já havia caído, de forma drástica, para 32,7%. Para especialistas, a tendência é de cair ainda mais.
Empresas ligadas ao setor de serviços informaram que, no período analisado, chegaram a apresentar 65,5% da sua força de trabalho atuando de forma remota, e agora registaram um recuo acentuado de trabalhadores em home office, caindo para 40,3%. Segundo a FGV: “No setor de serviços, 89,5% das empresas do segmento de Serviços de Informação e Comunicação adotaram ou já adotavam algum tipo de trabalho remoto em 2021. Atualmente esse percentual continua alto, mas caiu para 74,2%”.
Em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, o pesquisador da FGV/Ibre, Rodolpho Tobler, esclareceu que a hegemonia do home office nas empresas brasileiras aconteceu no ápice da pandemia, “mas muito por uma necessidade, não por uma vontade própria”, afirmou o economista.
Quanto à faixa de renda, a “Sondagem do Consumidor do FGV IBRE” verificou que, entre as pessoas que estavam trabalhando, o home office chegou a ser a modalidade de trabalho predominante entre aquelas com salários mais elevados; contra 82,8% dos trabalhadores de renda mais baixa já haviam retornado ao trabalho presencial, em outubro de 2022. No entanto, segundo a FGV, pelo menos até agora, “na faixa de renda mais alta, o percentual de trabalho presencial ou em home office quase se equivalem”.
Outro indicador avaliado na pesquisa foi a percepção dos impactos do home office na produtividade. Em 2021, 19,4% das empresas que usaram o ”trabalho remoto” apontaram redução na produtividade.
O fato é que, apesar de o home office, para alguns, ainda ser considerado uma modalidade possível de produção, há outros fatores que ainda interferem em como vemos o mercado de trabalho e as relações que nele estabelecemos no cotidiano. Foi observando a falta do olho no olho do home office que a maior startup de recursos humanos do Brasil decidiu abrir um novo escritório. Em entrevista à TV Globo, Mariana Dias, CEO de uma empresa disse: “As pessoas estavam querendo voltar. Muita gente falando como estava sentindo falta dessa conexão, desse brilho no olho e de coisas intangíveis também. Por exemplo, almoçar com uma pessoa que você trabalha, depois do trabalho você conseguir se conectar. Tomar um café, fazer algum happy hour.” A avaliação de executiva é referendada pela pesquisa que apontou que número de profissionais que trabalham pelo menos um dia à distância recuou de 55,5%, em 2021 para 34,1%, em 2022.
De acordo com a professora da FGV/Eaesp, Maria José Tonelli, nada substitui as interações sociais no mercado de trabalho, realidade que acaba impactando na produtividade dos funcionários.
“O trabalho não é só é a questão técnica, não é só o que você faz no computador, mas é também como você interage, como você se relaciona com as pessoas. Tudo isso tem sido importante para que o trabalho seja realizado”, disse a pesquisadora ao jornal.
Em meio a isso, nos últimos tempos, a região central da cidade foi de longe a que mais se destacou no quesito absorções de espaços de escritórios, isto é, ocupação de imóveis destinados ao uso de empresas como escritórios. Considerando também o Porto Maravilha, são mais 15 mil metros quadrados outrora vazios que agora estão sendo utilizados, contra apenas 3 mil m² que vagaram. É uma absorção positiva de 12.000, considerada ótima notícia para a região. Para Wilton Alves, diretor da Sergio Castro Imóveis, o resultado era esperado: “temos alugado dezenas de escritórios por mês; algumas locações fechadas em prédios cuja negociação é exclusiva da Sergio Castro e que atingiram quase 5.500m2 no trimestre. A vacância ainda é grande, mas a procura está aumentando em progressão geométrica com o fim do ’home office’, uma política que não deu nada certo para a produtividade das empresas. Os empregados festejam mas as empresas já veem que não podem viver apenas de agradar seus funcionários”. Alves frisou também que os preços da região estão convidativos: ”pode-se alugar um excelente andar com vista deslumbrante e acesso a 5 modais de transporte por quase 1/8 do preço de um escritório em Ipanema ou metade do valor de Botafogo”, assevera.
Para o profissional, que atua há mais de 50 anos no segmento, a pesquisa da FGV faz todo sentido. “Parecia no início que todo mundo iria para o home office. Só que o home office inibe a criatividade, sufoca o trabalho em grupo, estressa o trabalhador. Nem todo mundo tem espaço e estrutura em casa para trabalhar com calma. Além disso, sem reuniões presenciais, a criatividade sofre um baque e a troca de ideias não ocorre. As empresas já sentiram isto e o retorno ao presencial tem sido uma constante para praticamente todos os nossos clientes.“
Com informações do Jornal Nacional e Portal FGV.
? O dado concreto é: 19% das empresas apontam queda da produtividade. Então, para 81% das empresas, a produtividade melhorou com o teletrabalho.
É sério isso? kkkkkk Com a segurança pública PÉSSIMA e transporte público com problemas crônicos a décadas, vocês tem coragem de escrever ‘’home office’, uma política que não deu nada certo para a produtividade das empresas”
Porque não colocou PUBLI no final pra ficar mais claro do que se trata essa matéria.
ISSO NÃO EXISTE!!!
Ninguém quer passar 1, 2 ou 3 horas dentro de um transporte para fazer o mesmo que faria no conforto da sua casa, pra ter “BILHO NOS OLHOS” “CONEXÃO” “Happy Hour” pelo amor de Deus, isso não é novela não.
“As pessoas estavam querendo voltar. Muita gente falando como estava sentindo falta dessa conexão”
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk CADÊ? ME MOSTRA? MORADOR DA TIJUCA? CENTRO ou ZS? Só pode…
Fala de realidade, quem mora da Zona Norte, Baixada, Zona Oeste…. Quer ver o depoimento desses?
Pois é não existe, só quem enfrenta isso a vida inteira sabe a BENÇÃO e ALÍVIO que o Home office se tornou.
Trouxe o prazer de fazer o que você gosta, sem o fardo do deslocamento.
E sim ainda terão muitas áreas que não é possível trabalhar nesta modalidade, então nenhuma área comercial ficará vazia. Tem cliente pra todo mundo.
PERFEITO!!!!
kkkkkk este blog faz uma campanha ridícula contra o home office!
Bando de velho retrogrado quando acabar essa geração de boomer carente querendo contato proximo. ai acaba essa historia de ter q ir no escritorio pra fazer a mesma coisa que se ficasse em casa patetico
Não tem necessidade de voltar ao presencial para empregos que podem ser realizados de casa de um computador e celular. Eu sinceramente prefiro ter o vale transporte cortado pra trabalhar de casa do que ter que ficar 2 horas presa num trânsito no calor infernal todos os dias de ida e volta, tendo que ir ver o pessoal toxico do trabalho constantemente, tendo que acordar cedo, fazer tudo nas pressas sem tempo nem pra me desesperar. Eu espero que a nova geração z não passe por isso e mude os hábitos de trabalho, que atualmente são um lixo. A tecnologia tá aí pra facilitar a vida mas o Brasil é muito atrasado.
No Rio de janeiro foi uma benção para os empregados (obviamente pra quem pode ficar em casa e não atende público), pois os transportes públicos são um LIXO. Ônibus são pra gado e porcos, não tem ar-condicionado, tudo sujo, imundo, bancos ensebados, motoristas que não param nos pontos. Metrô insuportável, vagões lotados, ar-condicionado insuficiente, sujeira… Enfim, seria bem melhor que continuasse o home-office, até mesmo para diminuir o trânsito do Rio, que é uma LOUCURA, sinais sem energia, ninguém respeita, crateras nas ruas, quando fizeram as urbanizações estreitaram ruas importantes, onde passavam 4 carros lado a lado hoje só passam 2, ou até mesmo um, não sei como na cabeça desses engenheiros isso vaimelhorar o trânsito, fica tudo engarrafado, e nesse calor é simplesmente um inferno!!!!!
Matéria tendenciosa e generalista. Não foca a área das empresas, não leva em consideração modelos híbridos. Na empresa onde trabalho, a produtividade dos trabalhos que exigem concentração e atenção como os que envolvem análises, programação, banco de dados são prejudicados quando presencialmente – há muita distração com os colegas só escritório, muito deslocamento para outros andares. Excetuando-se reuniões presenciais cujos temas são realmente necessários, e mesmo assim, a maioria das reuniões no escritório são feitas via Teams , pois outros colaboradores da empresa encontram-se em outras regionais. Convenhamos, ir à empresa presencialmente para fazer reuniões em Teams por caprichos dos chefes e dos “gurus”, não faz sentido. Horário de entrada e saída não flexíveis (muitas empresas não autorizam horas extras) forçam interrupção de linhas de raciocínio, etc. Então não vamos ser generalistas pois essa “tendência” apontada pela “grande” FGV não se aplica a todos os cenários, só àquelas que permitem e/ou exigem interação física, como por exemplo, empresa cliente.
AS LOJAS/ESCRITÓRIOS DE RUA; SÃO QUEM MOVIMENTAM A ECONOMIA ; MAIS ÔNIBUS/MOTORISTAS; MAIS LOJAS FÍSICAS/EMPREGADOS, ET CETERA; OU COMBRAMOS IMPOSTOS DAS MÁQUINAS PARA PAGAR NOSSAS APOSENTADORIAS. : AS MÁQUINAS ESTÃO TIRANDO/ROUBANDO NOSSOS EMPREGOS/TRABALHOS.