Um estudo feito por cientistas da Universidade Britânica de Oxford, uma da mais importantes do mundo, mostra que a cidade do Rio não estava pronta para iniciar as medidas de relaxamento social contra o Coronavírus.
Segundo o levantamento, a falta de testes em volume adequado, a ausência de um programa de rastreamento do vírus e o déficit de informações sobre como a população deve agir caso apresente sintomas de Covid-19 ou se tiverem contato com pessoas infectadas são os principais fatores para que o relaxamento se prove um fracasso.
Os pesquisadores afirmam que, além do Rio, as cidades de São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre também não atenderam aos critérios da OMS, embora as políticas de resposta à doença tenham reduzido a mobilidade dos habitantes nestes municípios.
Além disso, para esse estudo, foi feita uma pesquisa telefônica entre 6 e 27 de maio, com 1.654 pessoas, para avaliar qual é o entendimento das pessoas a respeito da crise da Covid-19 e o que é preciso fazer.
Os pesquisadores da universidade inglesa também levaram em consideração para o estudo os dados de mobilidade com base nos deslocamentos registrados por telefone celular.
O estudo traz recomendações de políticas públicas a serem adotadas por cidades como o Rio. Uma delas é melhorar as campanhas públicas estimulando o autoisolamento de quem tem sintomas da Covid-19 ou convive com possíveis infectados. A pesquisa de Oxford também recomendou que o auxílio emergencial dado pelo governo federal a cidadãos de baixa renda – ou que perderam sua fonte de renda – seja prolongado. Além disso, o estudo também afirma ser urgente o aumento do número de testes da doença na principais cidades do Brasil.
O Rio tem atualmente 5.875 mortes e 50.922 casos confirmados do Coronavírus.