Resultados de uma pesquisa apontam que 57% dos moradores das periferias do Rio De Janeiro estão utilizando o transporte por aplicativo com maior frequência para evitar aglomerações e contaminação pelo coronavírus durante o deslocamento. Eles afirmam que passaram a viver mais o bairro, comprando e realizando serviços perto de casa. Ainda assim, 17% dos entrevistados não conseguiu cumprir o isolamento social no período de quarentena e precisou sair todos os dias para trabalhar. 43% afirmaram que já voltaram efetivamente para as ruas nos últimos três meses, se deslocando pela cidade.
O aplicativo da 99 apresentou um aumento de 19% nas viagens realizadas pelas periferias do Rio de Janeiro. Por outro lado, ainda entre os meses de fevereiro e agosto, as corridas feitas pela parcela mais rica da população caiu 33%. Isso pode ser explicado pela possibilidade das pessoas com maior poder aquisitivo poderem aderir ao home office.
Somado a isso, 84% dos respondentes das periferias da cidade sofreram impacto significativo em suas finanças no período. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em maio, o estado do Rio de Janeiro apresentou 14,5% de taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano; média superior à nacional, que ficou em 12,2%.
Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Como as periferias se reconectam com a cidade”, realizada no final de julho pela 99, uma empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana. A plataforma estudou a mobilidade urbana durante a pandemia nos bairros periféricos de seis capitais brasileiras e identificou mudanças de comportamento entre os passageiros. No Rio de Janeiro, foram entrevistados usuários de aplicativos nas regiões de Jacarepaguá, Méier, Santa Cruz, São Cristóvão e Pavuna.
Mesmo diante do aumento da utilização dos apps no dia a dia, 38% dos deslocamentos para o trabalho na capital carioca são realizados por meio de ônibus e 17% de trem/metrô. Os carros por app respondem por 38% do uso. E, apesar de existir um desejo por meios de deslocamento que evitem aglomerações (30%), tragam mais segurança física (24%) e comodidade (35%), o valor gasto com transporte por trajeto e na soma no final do mês ainda é preponderante na escolha (48%) do transporte para fins profissionais.
“A pesquisa reflete nosso compromisso para democratizar o acesso às cidades por meio do transporte. Antes da pandemia, a maioria das nossas corridas já ocorriam fora do centro expandido. Diante de um impacto econômico e social tão grande, vimos a demanda nas regiões periféricas crescer ainda mais. O aumento de viagens realizadas pelos quartis mais pobres das cidades é uma tendência por todo o Brasil. E, por isso, estamos focados em garantir soluções acessíveis e seguras para todos”, explica a diretora de Comunicação da 99, Pâmela Vaiano.
Para apoiar quem vive na periferia ou fora dos centros expandidos, a 99 criou novas categorias no aplicativo. Entre elas, o 99Poupa, opção para viagens com preços até 30% mais baratos para os passageiros e em horários de menor demanda; e o 99Entrega, que possibilita aos usuários enviarem objetos pessoais a amigos e familiares de forma simples, segura e rápida, respeitando o isolamento social. Ambos já estão disponíveis no Rio de Janeiro.
Os carros por app também se destacaram como transporte para atividades essenciais. Dos entrevistados, 53% dizem usar esse modo de transporte para fazer compras essenciais, como mercado e farmácia. Os aplicativos também são uma das opções mais usadas por aqueles que precisam realizar consultas e atendimentos em hospitais e em dentistas (62%).
Entre as pessoas que participaram da pesquisa, 95% estão utilizando o carro por app: 54% já usavam o serviço e passaram a utilizar mais durante a pandemia, 38% continuam usando com a mesma frequência de antes e 3% não utilizavam e passaram a usar. Segundo a pesquisa, 87% querem evitar aglomerações e, por isso, estão optando pelos carros por app.
Assim como as formas de deslocamento na cidade, o consumo nas regiões periféricas também passou por mudanças na pandemia. Antes dela, já era comum que moradores realizassem compras em seus bairros, mas esse movimento ganhou ainda mais força. O comportamento pode ser influenciado pela preocupação com o sustento do comércio local, apontada por 90% dos respondentes.
Segundo os resultados da pesquisa, 58% dos entrevistados concentram suas compras em seus bairros. Quando comparado ao período antes da pandemia, é possível notar um aumento de 9%. As compras online também ganharam mais espaço na rotina das pessoas e mostram um salto expressivo em todos os bairros. Antes, apenas 2% dos moradores costumavam fazer suas compras em lojas online. Durante a pandemia, esse número saltou para 21%.
A proliferação da pirataria de transporte de aplicativo nas periferias é causada pela predatória política de multipla baldeação do qual a COPPE-UFRJ e Detro-RJ e Prefeitura do Rio querem impor aos moradores da periferia com o baninemto de linhas diretas e o famigerado bilhete único que é uma enganação
Sou de uma associação de passageiros e sou contra essa nefasta ideologia de imobilidade urbana que os tecnoburocratas querem impor para favorecer o traste do VLT, BRT, barca, trem e metrô e etes carros de aplicativo são transporte pirata e tem de ser combatidos e para ser feito isso tem de por mais ônibus nas ruas das cidades e não retirar como quer o inútil prefeito Eduardo Paes