Na terça-feira foi divulgada a pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), feita com 2006 pessoas em 37 municípios do Rio de Janeiro, incluindo a capital. Foi feita entre os dias 15 e 19 de setembro, para saber akém das intenção de votos para governadorpresidente. A pesquisa foi contratada pelo PMDB, entendam como quiserem.
Depois da pesquisa há o texto de Cesar Maia, divulgado hoje em seu ex-blog: Imbróglio Eleitoral no Estado do Rio.
Voto para Governador:
1o Cenário:
Sergio Cabral (PMDB) – 33%
Garotinho (PR) – 21%
Cesar Maia (DEM) – 12%
Lindberg Farias (PT) -10%
2o Cenário (Gabeira invez de Cesar Maia)^
Sergio Cabral (PMDB) – 32%
Garotinho (PR) – 21%
Gabeir (PV) – 18%
Lindberg Farias (PT) -8%
IMBRÓGLIO ELEITORAL NO ESTADO DO RIO!
1. O quadro eleitoral no Estado do Rio caminha para uma eleição em que quem chegar aos 25% dos votos irá para o segundo turno. Cabral, com um noticiário convergente, com comícios periódicos de Lula e todos os recursos que precisa, empacou no entorno dos 30%. Esse, claramente, é seu teto. Quando a pré-campanha esquentar, ano que vem, as demais forças políticas terão espaços crescentes e o quadro deverá afunilar mais. Ou seja, ninguém pode afirmar que esse ou aquele candidato estará no segundo turno.
2. Garotinho cresceu em qualquer pesquisa que se faça, estando quase no empate técnico com Cabral no Interior e Baixada Fluminense. Coloca-se como adversário contundente de Cabral. Para isso basta ler seu blog (http://www.blogdogarotinho.com.br/). Diz que tem armas poderosas contra Cabral. O problema é que boa parte dessas armas atingem indistintamente os dois governos do PMDB, o atual e o anterior. Afirma que é candidato a pedido de Dilma, para armar outro palanque, pois o palanque de Cabral seria insuficiente. Bem, se o PR do ministro de transportes o lançou, parece que é verdade.
3. Lindbergh cada dia é mais candidato. Usar de forma isolada o número 13 dará ao PT mais deputados que numa campanha de apoio a Cabral, onde o número 15 só favorecerá os deputados do PMDB. Por outro lado, se o recuo dele significar um acordo com Cabral, será ele o candidato ao senado. Benedita não terá legenda. Nesse caso, como votarão -discretamente- os delegados de Benedita na convenção? Lindbergh terá que se desincompatibilizar em abril: é acordo de campanha. Como sempre fez suas campanhas com grande energia e competência, uma vez sendo candidato, em pouco tempo estará sinalizando suas possibilidades de ir a um segundo turno.
4. A entrada de Marina Silva terminou servindo de pretexto para um processo com o qual Cabral sonhava. Gabeira vence, e na campanha muito mais, nas pesquisas no Rio-Capital e Niterói, e com isso sua probabilidade de bater os 25% é enorme. Afinal, Denise Frossard foi para o segundo turno com 22% contra um Cabral muito mais forte com 37%. A confusão, ou pretexto, a partir do nome de Marina, tem colocado em suspenso a coligação ampla com PV, PPS, PSDB e DEM. Com isso, a decisão estará sendo deslocada para depois da semana santa. Nada disso ajuda a campanha presidencial do PSDB no Estado do Rio. Afinal, a diferença de Serra para Ciro não é tão grande aqui.
5. E ainda há a possibilidade -ou necessidade – de Ciro ter candidato a governador no Rio, onde seu nome é forte, o que ajudaria sua alavancagem. Se for assim, o quadro caminharia para todos os candidatos serem competitivos na faixa dos 20%.