De acordo com dados do Observatório de Favelas, que atua desde 2001 para incidir as periferias em políticas públicas, a educação é tema em apenas 23% dos projetos sociais do Rio de Janeiro. Segundo o especialista em treinamento comportamental e carreiras para jovens Alex Rosseti, se faz necessário ter cada vez mais projetos sociais voltados para a capacitação e estímulo de talentos em comunidades fluminenses.
“Acredito, com toda a minha experiência em mentoria de carreiras, que a melhor maneira de revolucionar a vida de um jovem é através da educação. Através de projetos para democratizar o acesso destes jovens a experiências, dando a oportunidade de vislumbrar um novo futuro, com novas informações e abrindo novos caminhos. Além de ofícios, estes projetos estimulam a convivência em grupo, a troca de experiência entre as pessoas e principalmente, estimula o jovem a visualizar o futuro”, explica.
Para Rosseti, além de oficinas e treinamentos, que possuem o objetivo de capacitar estes jovens, os projetos sociais devem trazer palestrantes e profissionais de renome, bem sucedidos, para abrirem o ponto do interesse, apresentar novas variáveis do mercado, a fim de despertar a vontade do receptor em buscar e vislumbrar este futuro.
“Hoje, a principal preocupação deveria ser apresentar a estes jovens novos caminhos, tecnologias e áreas que estão nascendo. Segundo pesquisa encomendada pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram criadas. Isso significa que a fagulha de novas tecnologias devem ser encaradas e compartilhadas com o maior número de pessoas possíveis, principalmente aquelas que estão mais distantes de receber as ‘boas-novas’”, finaliza.
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