Mais arte no Centro do Rio! Um painel de aproximadamente 150 metros do maestro Pixinguinha foi pintado, por meio de grafite, na parede do edifício do Museu da Imagem do Som (MIS). Na pintura, Alfredo da Rocha Vianna Filho aparece em dois momentos: tocando o seu saxofone e também com o seu semblante característico.
O trabalho começou como um sonho pessoal do pesquisador Pedro Rajão, o produtor executivo do coletivo cultural Leão Etíope do Méier, que atua na praça Agripino Grieco, no bairro da Zona Norte, há sete anos. Pedro cogitou levar a ideia para algum muro de Ramos, na Zona Norte, onde o maestro chegou a morar por três décadas. Entretanto, uma visita ao MIS lhe fez mudar de ideia.
Na visita, ele propôs uma parceria para prover conteúdo do museu para o site do coletivo. Ali, ele questionou sobre a parede e foi conversando até conseguir a autorização, já que é um prédio tombado. Eles conseguiram a liberação e perceberam que o museu tinha ainda um dos saxofones do Pixinguinha no acervo, o que tornava a homenagem ainda mais completa.
Músico, compositor e arranjador, Pixinguinha, além de ser o mestre do chorinho, compôs valsas, sambas, choros e polcas, também sendo fundamental para a criação do que, hoje, se entende como MPB. Carioca nascido no Catumbi, Zona Central do Rio, Pixinguinha começou a tocar justamente na Lapa.
A obra foi feita por meio do projeto Negro Muro, que Pedro toca há três anos, junto do artista urbano Fernando Sawaya, o Cazé. Pessoas célebres como o o compositor Cartola, a vereadora Marielle Franco, o maestro Moacir Santos e a líder religiosa Mãe Beata de Iemanjá também já foram homenageados pelo projeto. Por enquanto, o painel de Pixinguinha foi o maior projeto do grupo.