Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e de outras delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) realizaram, nesta quarta-feira (07/07), a Operação Caminho do Cobre. A ação teve como objetivo desarticular a atuação ilegal de empresas de reciclagem na capital e Baixada Fluminense. Esses estabelecimentos receptavam materiais metálicos e equipamentos de concessionárias de serviços públicos furtados ou roubados – como cobre, baterias estacionárias, cabos de telefonia, de internet e fibra ótica, materiais de ferrovias, transformadores e placas metálicas -, transformavam em matéria-prima e revendiam como produtos lícitos.
A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Cinco empresas de reciclagem foram interditadas, oito pessoas foram presas em flagrante e 20 conduzidas à DRF para esclarecimentos. Os agentes também apreenderam toneladas de cabos de telefonia e de internet, trilhos de trem e outros materiais da SuperVia, baterias estacionárias, placas e R$ 200 mil em dinheiro.
As investigações resultaram na prisão de empresários e na interdição de ferros-velhos. Os policiais descobriram que era levado das ruas por usuários de drogas e por funcionários e ex-funcionários de concessionárias, que repassavam a ferros-velhos. Após separado, o material era vendido para grandes empresas do ramo de reciclagem, que, por sua vez, transformavam o produto em uma nova matéria-prima para que fosse revendido a grandes indústrias de metalurgia. Tal mecanismo dava uma aparência lícita às negociações.
De acordo com as investigações, o furto de fios de cobre e de equipamentos de concessionárias causa prejuízos à população e compromete a continuidade de atividades cotidianas essenciais, como atrasos de trens, interrupção de energia e de internet, de sinais de trânsito, entre outros serviços.
A secretaria de Ordem Pública também tem feito ações para desarticular as máfias dos ferros velhos.