Neste domingo (21/05), policiais militares do Comando de Polícia Ambiental impediram um festival de balões em Magé, na Baixada Fluminense. Segundo a PM, cerca de 2 mil pessoas estavam reunidas em Suruí para a soltura dos artefatos. Vale lembrar que a prática é crime. A informação foi divulgada pelo portal de notícias “g1”.
Os agentes chegaram ao local ainda na madrugada, após terem recebido informações encaminhadas pelo Linha Verde – programa do Disque Denúncia voltado para meio ambiente. Houve correria, e alguns dos organizadores fugiram de barco, por dentro do mangue e pela mata.
Como muitos materiais foram deixados no ponto de encontro, na pista de aeromodelismo de Suruí, os militares apreenderam um balão com cerca de 50 metros de comprimento, uma bandeira com 100 metros, 100 quilos de bucha, dois botijões de gás, um pandeiro (adereço) de dois metros, uma boca de balão com quatro metros de diâmetro e cordas para amarração.
No mês passado, o Linha Verde lançou a 25ª edição do Disque Balão, reforçando a importância de se denunciar essa prática criminosa.
Para denunciar crimes ambientais em todo Estado ao Linha Verde, a população pode ligar para o telefone (21) 2253-1177 e para o 0300 253 1177 (interior), ambos com WhatsApp que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa, ou então pelo App “Disque Denúncia RJ”. É possível denunciar ainda pelo site do Disque Denúncia ou ainda pela FanPage do Linha Verde no facebook.
No dia 07 de maio, a queda de um balão próximo à pista do aeroporto Santos Dumont atrasou a aterrissagem de uma aeronave. Além disso, no dia 11, um avião que vinha de Brasília e chegava ao Rio de Janeiro, precisou arremeter no mesmo aeroporto, devido à presença de uma capivara na pista.
Na semana passada, (14/05), um balão caiu e chegou a pegar fogo no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro.
Eu acho que além de ações como a reportada no artigo, alguma universidade como a UFRJ ou UERJ – ou talvez os próprios baloeiros se realmente possuem alguma preocupação cultural – tinha que juntar uma equipe de químicos e designers para criar balões seguros.
O que um balão precisa é de ar quente para voar e alguma iluminação para ressaltar suas cores e formas. Com certeza existem formas baratas e seguras de fazer isso, mas não foram transformadas ainda em uma solução tecnológica desenhada para o fim específico da baloaria.
O que seria um balão seguro: não usaria fogo, o calor seria o mínimo possível para aquecer o ar dentro do balão, a iluminescência, que pode até ter outra fonte, seria fria. A fonte de calor seria de curtíssima duração apenas o suficiente para que o balão, feito de materiais leves, suba até onde há as correntes de vendo e dali ele seguiria sem calor algum.
Então já fica a sugestão aí: um balão seguro seria como um foguete com fases. Ele teria fontes controladas e independentes de calor e luz. A fonte de calor não usaria fogo. Ele aqueceria o ar no interior do balão apenas tempo suficiente para que ele ascendesse e não deveria ter força o suficiente para acender fogo em materiais sólidos. A fonte de luz seria outra e fria. Essas fontes idealmente seria de natureza biodegradável. O que acende um vaga-lume? A que temperatura o ar precisa ser aquecido para que um balão decorativo suba? A que altura ele precisa chegar para continuar voando pelo vento mesmo? Como o design dos balões pode ser mudado para otimizar o aproveitamento de calor e luz?
Se pessoas com o conhecimento técnico específico para responder a essas perguntas forem colocadas numa equipe, poderemos ter balões seguros, que não queimam nada quando descem *e* o fim definitivo dos balões incendiários.