Polo Baixo Lapa: Conheça o projeto de revitalização que vem mudando o point da boemia carioca

O Polo Baixo Lapa já está transformando trechos da área e tem como objetivo continuar a revitalização de uma das regiões mais históricas do Centro do Rio, com a implementação de monumentos, memoriais, centro de apoio ao turista e moeda social

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Vista aérea do Largo da Lapa

Reduto da boêmia e endereço da malandragem carioca, o bairro da Lapa, aos poucos, vem recebendo incentivos para impulsionar a economia, a cultura e o turismo. Encabeçado pela Associação San Marco, o Polo Baixo Lapa já vem transformando trechos da área e tem o objetivo de dar prosseguimento na revitalização uma das regiões mais históricas do Centro do Rio. Em colaboração com moradores e comerciantes das ruas Morais e Vale, Rua da Lapa, Beco dos Carmelitas e Joaquim Silva — já quase nas mediações da Glória —, o projeto fortalece a identidade cultural, impulsiona o turismo sustentável, fomenta a economia criativa e melhora a infraestrutura urbana da região.

Entre as principais propostas, está a instalação de um totem “Eu amo a Lapa” no Largo da Lapa ou na Escadaria Selarón (3º ponto turístico mais visitado do Rio), e a criação de um memorial em homenagem a Jorge Selarón, artista chileno responsável pela famosa escadaria. Além disso, o projeto planeja a implementação de um Centro de Apoio ao Turista e até mesmo uma moeda social local para fortalecer a economia e a identidade comunitária.

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Jorge Selaron

O idealizador do projeto, San Marco, também responsável pela revitalização da Rua Morais e Vale — que vem fazendo sucesso nas mediações do Beco do Rato e do Surubar —, conversou com o DIÁRIO DO RIO com exclusividade e destacou a importância da união entre moradores e comerciantes para o sucesso da revitalização. “Eu acredito que é preciso devolver a dignidade das ruas, a revitalização aqui só acontece devido a união dos moradores e comerciantes que trabalham em conjunto, quando a rua tem vida a revitalização se mantém e isso é deixado para as próximas gerações, o patrimônio precisa ser cuidado por todos.” afirmou ele.

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A revitalização também projeta a criação de uma estátua em homenagem a Madame Satã — grande figura da malandragem da Lapa —, e a implementação de projetos de sustentabilidade e economia criativa nas feiras locais, como a Feira da Glória. San Marco ainda defende a criação de uma cooperativa voltada para a geração de renda para pessoas em situação de rua no Centro e Lapa.

San Marco também revela que está em negociações para trazer o programa Reviver Cultural para a Lapa. Idealizado pela Prefeitura do Rio, o programa visa transformar imóveis ociosos com frente para a rua, no Centro, em espaços voltados para atividades artístico-culturais. Atualmente, a Lapa não está incluída na iniciativa, que abrange áreas específicas da Região Central. “Isso ajudaria a ocupar os espaços vazios. Não faltam casarões antigos por aqui, muitos deles são da prefeitura! E colocaria a Lapa também em destaque nesse projeto”, afirma San Marco.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Temos várias lapas desde a Mém de Sá com seus bares de alto padrão aos pulgueiros da Joaquim Silva e Mosqueira. Torço para que a homenagem a Selaron não seja igual ao santuário do Zé Pilintra, que meio protege tudo de ruim que rola naquele perímetro. Não é um bom ambiente hoje.

  2. O foco deveria ser em criar políticas e programas para reduzir o número de moradores de ruas presentes na Lapa. O Arco parece um condomínio residencial, devido a quantidade de moradores de rua que vivem lá.
    Além disso, quem mora nas proximidades da Lapa sabe como é caótico o dia seguinte, as ruas ficam cheias de lixo que são jogados alí pelo estabelecimentos, tornando impossível caminhar adequadamente.
    Acredito que ações como as citadas aqui e em outros comentários, agregaram muito mais valor do que colocar monumentos e etc.

  3. Um local de grande importância turística não deveria concentrar tanta gente de rua e cracudos. A Lapa carece de mais atenção por parte do governo municipal. Só no Brasil essa possível fonte de captação de recursos financeiros vindos do turismo não é observada pelas autoridades do
    município. É bizarra a falta de visão da secretária de turismo quanto da necessidade em realizar ações visando trazer mais segurança e valorização da Lapa. Acorda prefeitura do RJ, a Lapa está carente de vocês.

  4. Aquele contenier da Polícia Presente bem no meio da Lapa é uma geringonça horrorosa. Os policiais ficam lá dormindo enquanto o coro come pertinho deles.

    Iluminar mais a Lapa seria bom. Existe vários pontos que é um breu, tipo do lado da Vila Lobos e embaixo dos arcos próximo ao Circo Voador.

    O policiamento e os guardas municipais são nulos. Devem receber uma graninha pra agir só em casos específicos ou querem evitar a fadiga a qualquer custo mesmo.

    Enfim, a Lapa é uma zona.

  5. Vão tirar a boca de fumo da Rua Joaquim Silva, que fica a 400 metros do batalhão da PM?
    Principal boca da região atrai todo tipo de viciados, desde os cracudos e ladrões que fazem furtos e roubos pela região, até os ilustres frequentadores dos bares da região e os intelectuais do bairro Santa Teresa

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