A PortosRio, autoridade portuária responsável pelos portos públicos do estado do Rio de Janeiro, intensificou seus esforços para promover a descarbonização de suas operações. Os portos do Rio de Janeiro e Itaguaí são os focos principais dessa iniciativa, com investimentos em infraestrutura, novas tecnologias e incentivos a práticas sustentáveis.
No Porto do Rio de Janeiro, os dois terminais de contêineres já operam com equipamentos eletrificados, o que reduz significativamente o consumo de combustíveis fósseis. O porto também está passando por obras de dragagem, que permitirão a atracação de navios de grande porte, otimizando a logística e contribuindo para a diminuição das emissões por tonelada transportada. Além disso, a PortosRio está desenvolvendo estudos para implementar o sistema shore power, que possibilitará o fornecimento de energia elétrica aos navios atracados, eliminando a necessidade do uso de geradores a diesel.
No Porto de Itaguaí, está em andamento um projeto piloto para a implantação de uma planta de hidrogênio de baixo carbono e produção de combustíveis sustentáveis. A viabilidade do projeto depende do estímulo ao consumo desses produtos pelas indústrias da região, o que pode gerar escala e sustentabilidade financeira para a iniciativa. Essa ação está alinhada à nova legislação sobre combustíveis sustentáveis e à Lei nº 15.103/2025, que criou o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) no Brasil.
O gerente de Desenvolvimento de Negócios da PortosRio, Eduardo Miguez, enfatiza a importância da atuação integrada para a descarbonização dos portos: “A transição para uma logística portuária mais sustentável exige um esforço conjunto entre operadores, clientes e instituições reguladoras. Estamos avançando na implementação de tecnologias que permitem reduzir as emissões e tornar os nossos portos mais eficientes”
O superintendente de Planejamento e Desenvolvimento de Negócios, Felipe Fonseca, reforça o compromisso da PortosRio com a inovação e a sustentabilidade: “Estamos investindo em soluções que garantam eficiência operacional e, ao mesmo tempo, reduzam os impactos ambientais das operações. A descarbonização é um caminho sem volta, e estamos engajados em promover mudanças concretas nesse sentido”