A Prefeitura do Rio entregou, nesta sexta-feira (8/12), as obras de revitalização da Avenida Erasmo Braga, no Centro. Entre os serviços realizados, a via ganhou a Praça da Justiça. O nome remete aos edifícios no seu entorno: os imponentes prédios do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, da Escola de Magistratura e da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, além da histórica Rádio Roquette Pinto. Realizadas pela Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Infraestrutura, as obras custaram R$ 3,2 milhões e fazem parte do programa Reviver Centro. O projeto é do vereado Carlo Caiado (PSD).
“Abrimos uma ciclofaixa na Avenida Erasmo Braga, isso vai aumentar o tráfego de bicicletas por aqui. Importante também destacar que estamos no primeiro Distrito de Baixa Emissão de Carbono do Brasil. Todos os esforços da Prefeitura hoje se encontram no sentido de tornar o Centro da cidade mais sustentável. A partir do momento em que transformamos um logradouro público, que antes era basicamente um estacionamento, num ambiente de contemplação e convívio, estamos desestimulamos a utilização de veículos por aqui e passamos a devolver esse espaço para os pedestres, que vão poder apreciar a beleza que é o Centro da cidade do Rio de Janeiro“, destacou o subprefeito do Centro, Alberto Szafran.
Distrito de Baixa Emissão de Carbono
O projeto de urbanização e mobilidade da Avenida Erasmo Braga incluiu nivelamento da rua com as calçadas por meio de pavimentação com piso intertravado e em granito. O local ganhou uma ciclovia, bicicletário com vaga para 18 bicicletas, rampa de acessibilidade, instalação de novos mobiliários urbanos e de postes de iluminação e refletores. A praça também recebeu o plantio de 20 árvores e arbustos. As baias para embarque/desembarque e carga/descarga de táxis, caminhões, carros e motos receberam pintura de sinalização horizontal e execução de piso de orientação e alerta. A área contemplada foi de mais de cinco mil metros quadrados.
“Estamos com a missão de dar vida ao Centro da cidade. Essa região era um grande depósito de carros, que ficavam estacionados de forma completamente desordenada. Hoje tem uma ciclovia, num espaço de 5,2 mil metros quadrados, com mobiliário urbano e um jardim onde foram plantadas 20 árvores“, afirmou o presidente da Rio-Urbe, Armando Queiroga.
Com as mudanças, a Prefeitura do Rio, além de garantir um novo espaço de convivência numa das regiões mais movimentadas da cidade, ajuda a promover o transporte de baixa emissão de carbono, como prevê o Decreto 51.047 de 29 de junho de 2022, que dispõe sobre a regulamentação do Distrito de Baixa Emissão de Carbono no Centro e a gestão para a implementação de ações para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
O Distrito de Baixa Emissão de Carbono fica numa área de 2,3 Km², localizada entre a Avenida Beira Mar e a Avenida Marechal Floriano, e entre o Campo de Santana e a Orla Conde. A implantação do Distrito de Baixa Emissão no Centro será feita em fases até 2030.
E aposto que não tem bancos pra sentar, banheiros e bebedouros, como quase todas as praças do Rio…Mais uma ao estilo carioca, feita pra sentar no chão quente, beber água comprada de camelôs nos sinais e fazer xixi nas árvores…
Sou muito a favor da transformação de áreas públicas em espaços deste tipo, ainda que sugestões de melhorias possam ser feitas. Diversas ruas poderiam ser interditadas ao fluxo de automóveis e substituídas por áreas para circulação de pessoas e bicicletas, com arborização, aterramento das redes elétrica e de telecomunicações, e melhoria do escoamento das águas das chuvas.
Só não consigo imaginar magistrados e outros funcionários de alto escalão do judiciário (e de outros segmentos também) indo trabalhar de bicicleta; difícil alguém abrir mão do ar condicionado e das “maravilhas” tecnológicas dos carrinhos modernos. Quem tem poder aquisitivo em geral defende que cabe aos “outros” mudarem hábitos e abrirem mão das coisas; segundo a lógica deles, quem “trabalhou” muito para prosperar na vida (herança é fruto do trabalho de quem?) tem todo o direito a conforto e comodidade, independentemente dos efeitos disso. A coletividade que se exploda; o negócio é o bem estar do indivíduo que ganha dinheiro.
E assim caminhamos com passos de formiga, já diria um famoso cantor e compositor.
Descansa militante e deixa de ressentimento.
Defensor de burguesinho preguiçoso e arrogante?
Sim, Marcel, isso mesmo, vamos fechar todas as ruas, fazer praças, consequentemente acabar com o comércio, fechar as lojas, as indústrias, pra todo mundo poder andar de bicicleta, patins e patinetes, ninguém precisa trabalhar, não é mesmo? Larguem seus empregos, peguem uma bike e vão andar na praia…A gente vê õnibus e metros lotados de trabalhadores, feitos latas de sardinhas, pra meia dúzia de desocupados poderem andarem de bicicleta nas pistas estreitadas para ciclovias, prejudicam milhares de trabalhadores para 3 ou 4 gatos pingados que não trabalham poderem ir ao shopping de bike…
Se você acredita de fato que só com muita circulação de carros é possível investir no desenvolvimento econômico de uma região, você está preso ao ‘jeito americano de fazer as coisas’ e está parado na década de 1960. Liberte-se da sabujice cultural e atualize-se.
É a verdadeira Cidade da Justiça, um enclave dentro da cidade maravilhosa…