Praias do RJ vão alargar faixa de areia

Alargamento das faixas de areia está planejado em seis municípios banhados pela laguna de Araruama, que incluem Saquarema, São Pedro da Aldeia, Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo e Cabo Frio

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Imagem apenas ilustrativa | Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (20/07), o Governo do Rio de Janeiro concedeu uma licença ambiental à Prefeitura de Arraial do Cabo, na região dos Lagos, para autorizar o alargamento da faixa de areia em quatro praias do município. De acordo com Thiago Pampolha, vice-governador e secretário de Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, está planejado o alargamento das faixas de areia em seis municípios banhados pela laguna de Araruama, que incluem Saquarema, São Pedro da Aldeia, Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo e Cabo Frio. Algumas dessas obras já estão em andamento.

A área é considerada uma laguna e não uma lagoa, pois possui uma conexão com o mar através do canal de Itajuru, em Cabo Frio. A areia utilizada para o alargamento está sendo retirada desse canal, e a construtora Brasform venceu a licitação para realizar esse desassoreamento, com um custo estimado de R$ 22 milhões.

A expectativa é remover 400 mil metros cúbicos de areia e detritos até setembro, equivalente a mais de 28 mil caminhões, para deixar o canal com 2,5 metros de profundidade. Atualmente, existem trechos com apenas 70 cm de profundidade.

Especialistas alertam que as mudanças urbanísticas propostas pelo governo podem alterar o estado natural do corpo d’água. A laguna de Araruama é hipersalina, com salinidade mais alta do que a do mar. Aprofundar o canal em Cabo Frio pode dessalinizar a água, pois o fluxo mais rápido poderia impedir a evaporação gradual da água salgada.

A Procuradoria do Rio de Janeiro chegou a pedir a paralisação das obras de engorda na praia das Palmeiras em Cabo Frio, alertando sobre possíveis consequências, como o desaparecimento de trechos de mangue. Porém, Thiago Pampolha, vice-governador e secretário de Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro assegura que houve estudos ambientais abrangentes e testes na areia utilizada, concluindo que não há risco ou dano ambiental envolvido nas obras, exceto pelo questionamento na praia das Palmeiras por parte de alguns moradores locais. Em outras praias, não foram relatados problemas.

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